Em entrevista à Rádio Senado, nesta quinta-feira (26), o senador Paulo Paim (PT-RS), criticou o prazo limite de 120 dias para o pagamento do auxílio-doença. O senador se colocou contra o pagamento de um bônus para os médicos peritos por cada perícia realizada no pente-fino do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – estabelecido na Medida Provisória nº 767/2017 reeditada no começo do ano.  

“Agora quem decide se o cara está em condição de voltar a trabalho é um Decreto, ou é uma MP (Medida Provisória), porque diz que depois de 120 dias tem que voltar a trabalhar, mas se ele estiver doente como faz? Quem decide? Quem vai decidir é simplesmente a palavra 120 dias.  Quando dizem que eles vão ganhar um plus por cada atendimento, aí me preocupa, será que vai ser uma linha de produção? Quanto mais os peritos analisarem a vida e a morte daquele cidadão eles ganham R$ 60 por cada um”, disse Paim.

O pente-fino é uma iniciativa do governo de revisar os benefícios por incapacidade (auxílio-doença e aposentadoria por invalidez), concedidos há mais de dois anos, para identificar falhas na concessão de auxílios de pessoas que já estariam aptas para retornar ao trabalho.

A MP, reeditada pelo governo federal, além de revisar os benefícios, reestrutura a composição remuneratória da carreira do Perito Médico Previdenciário e da carreira de Supervisor-médico Pericial, e paga um bônus para os médicos peritos no valor de R$ 60.

Para mais detalhes acesse a Medida Provisória na íntegra:
http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1000&pagina=1&data=06/01/2017