Durante a última audiência para debater a medida provisória que trata dos saques do FGTS (MP 889/2019), realizada na quinta-feira (26), no Senado Federal, especialistas manifestaram temor de que os saques autorizados pela MP causem desequilíbrio nas contas do FGTS.

O presidente do Conselho Curador do FGTS, Igor Vilas Boas de Freitas, destacou a preocupação com a consecução dos objetivos sociais do fundo que, segundo ele, ganharão importância diante da situação fiscal desfavorável do país. Ele disse acreditar que a nova sistemática de saques é sustentável em face do volume de depósitos, e contestou as emendas apresentadas à MP que flexibilizam as regras do saque-aniversário.

“A elevação do volume de saques de forma permanente em médio prazo inviabilizaria a contabilidade do FGTS”, disse.

Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CIBC), defendeu uma discussão detalhada da matéria, criticou a apresentação da proposição por meio de medida provisória. ”77% do que se aplica volta em renda para as pessoas no Brasil. Não entendo o açodamento para mexer no FGTS deixando de criar 456 mil empregos”, contestou.

A previsão é de que o relator da MP, deputado Hugo Mota (Republicanos-PB), apresenta o parecer da matéria na próxima semana.

Com informações da Agência Senado.