Para economistas, problema do déficit da Previdência é estrutural

Uma matéria divulgada pelo jornal O Globo, destaca que para alguns economistas o déficit da previdência urbana deve-se a sua estrutura, que permite aposentadorias precoces e com valores muito altos para os padrões internacionais, inviabilizando sua sustentabilidade ao longo do tempo.

Segundo o economista especializado em Previdência, Paulo Tafner, a tendência é que nos próximos anos, as contas da previdência urbana fiquem negativadas, superando as da previdência rural – que fechou 2016 em R$ 103,4 bi. Na avaliação de Tafner, mesmo que a reforma da Previdência seja aprovada, não será possível estancar esse déficit de imediato.

“Se aprovada a reforma da Previdência, como enviada ao Congresso, primeiro o déficit deixa de crescer e serão necessários entre cinco e oito anos para zerá-los. Sem reforma a situação será ainda pior”, disse.

O coordenador de Previdência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Rogério Nagamine, completa: “Enquanto se conseguiu manter o ritmo de arrecadação alto, o crescimento da despesa passou desapercebido. Você tem uma tendência, sem reforma da Previdência, de que esse crescimento da despesa continue”, afirma Nagamine.

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