Os “bitcoins”. As moedas de troca mais desejadas nos salões de Brasília pelos donos do poder

1)Verbas, não importa de onde saiam; 2) cargos, em todos os escalões, com o dedo dos indicadores; 3) contratos de terceirização de serviços e de mão de obra, com caixa dois; 4) lotéricas; 5) contratos de temporários; 6) agências dos correios; 7) medicamentos do SUS, por vias tortuosas; 8) contratos de conservação, limpeza, portaria, segurança, vigilância, cafezinho, com caixa dois; 9) aluguel de veículos. Há consenso: os “ratos” do ancião governo já estão abandonando o navio, acreditam que tudo será como antes por ordem do figurante. Jamais apanhado pela Lava Jato.

 

Memorando

Frei Paulo lembra que o presidente eleito deve ter um “ministro” indicado para colocar o governo no ar dia 1° de janeiro com edição oculta extra do Diário Oficial da União (lembre que Temer acabou com a versão impressa do DOU) criada em 1808. Deverá preparar todos os atos. Lembra também que Proclamada a República coube a Ruy Barbosa fazer tudo, inclusive o documento que acabava com o Império. Ruy não acabou com DOU. Manteve.

 

Serrote

Virou um grande negócio o empréstimo consignado. Aposentados e pensionistas do INSS já devem o equivalente a três folhas mensais de pagamento de benefícios. Na Câmara, foi aprovado o projeto permitindo que os fundos de pensão dos servidores, do RPPS, possam operar consignado. Outro projeto permite que os contemplados com o Beneficio de Prestação Continuada, o BPC assistencial, possam obter empréstimo consignado. Cresce a pirâmide.

 

Mirante

  • Servidora pública federal há 34 anos, com 23 anos de INSS, escreve: “Ao longo desse tempo tive atuação desde o antigo Posto do Seguro Social, APS, GEX, Direção Central, desde benefício, antiga arrecadação, auditoria, tecnologia e atendimento. Nunca vi, nesses últimos 2 anos, tantos desmandos e tentativas infundadas de se modernizar as atividades do INSS na ponta como estou vendo agora. O INSS Digital que não trouxe nada de novo.
  • Segue o baile: “Agora recriaram as Centrais de Análise de Concessão, que até 98 eram as Centrais de Concessão e com o PMA mudaram para Centrais de Análise, e em 2002, com a generalização das atividades dos servidores das APS acabaram por completo. Estamos voltando ao passado, mudando apenas o nome das coisas e retrocedendo de forma velada. Isso é muito triste.”
  • O show continua: “Ainda foi trazido pra dentro da casa, pessoas externas com a desculpa de agilizar a entrada de documentos, sendo que a fraude está mais fácil de se instalar e, no final, o servidor final será o penalizado. Estagiários, sem qualquer competência jurídico-funcional, fazem digitalização de documentos, muitos até com senha de servidores, só pra “agilizar” um atendimento que na verdade terá sua finalização com mais de 60 dias. Mas e a qualidade e veracidade da documentação apresentada e digitalizada? Quem é o responsável?”
  • Segue o baile: “Com o agendamento eletrônico, o segurado agendava pra 30 ou 60 dias, mas saía da APS com uma definição, uma carta. Hoje, a pessoa agenda pra 30 a 40 dias, ao ser atendido sai da unidade com um protocolo pra acompanhar e receber uma resposta definitiva com mais de 45 dias. Aí pergunto? O que mudou? O que facilitou? A legislação não está sendo cumprida e com isso aumentam os gastos com a DRD (data da regularização da documentação).”

 

Central dos Servidores

  • O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, poderia ser contratado pelo Governo do Ceará para saber se terá inverno em 2019: Jungmann prevê com precisão absoluta que com o crescimento da população carcerária brasileira de 8,3% ao ano, em 2025, o país deve ter 1,471 milhão de presos. Os gastos devem chegar a mais de R$ 60 bilhões. Arre!
  • Dizem em Brasília que o DEM, MDB E PSBD vão fazer meia culpa. O DEM vai de Agripino Maia, o MDB de Renan Calheiros e o PSDB de Aécio Neves. Cid Gomes será o mestre de cerimônias. Vai haver choro e ranger de dentes. O Ministério Público e a Polícia Federal foram convidados.
  • O INNS fechou agosto com 688 mil benefícios represados. O maior represamento estava em São Paulo com 123 mil, seguido de Brasília com 101 mil, Minas Gerais 56 mil, Paraná 41 mil, Maranhão 35 mil e Rio Grande do Sul com 33 mil. Motivo: falta de pessoal.
  • Alguém precisa avisar ao capitão Bolsonaro que os 10 milhões de aposentados e pensionistas rurais do INSS se aposentaram sem contribuir. Em agosto custaram R$ 16,6 bilhões ao INSS. Este ano somam R$ 589 mil, até agosto, que se aposentaram sem contribuir, mas vão receber R$ 953,53. Reforma sem resolver o financiamento rural é brincadeira.

A senadora eleita Zenaide Maia (PHS-RN), que contabilizou 660 mil votos, ou 23% da votação no estado, destacou que sua atuação priorizará também investimentos em segurança pública e saúde. Para isso, na sua opinião, será necessário revogar as reformas econômicas promovidas pelo presidente Michel Temer.


Jb Serra e Gurgel
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