O sistema da dívida no Brasil e na Grécia

Júlia Simões

Durante a tarde de hoje (25) aconteceu o seminário internacional abordando “O sistema da dívida no Brasil e na Grécia”.

A palestrante e coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fattorelli, explicou que a dívida é semelhante nos dois países. Ela afirma que o Brasil é um país rico em fatores naturais como petróleo, nióbio, clima favorável, fauna e flora, porém, todos esses fatores que deveriam colaborar para a economia, só exigem mais do ajuste fiscal.

O papel das dívidas pública e privada vem se arrastandodesde a época de 80, sem contrapartida alguma. No ano passado, segundo o quadro de títulos públicos federais, em apenas 11 meses a dívida do Brasil cresceu em R$ 732 bi, mesmo com o volume de investimentos restritos a R$ 9 bi de investimentos. Isso tudo em decorrência da política monetária da nação – onde sobram recursos nos caixas dos bancos.

Maria Lúcia acrescenta ainda que a contrareforma previdenciária é só mais uma barreira para o impedimento do fim das dívidas.

“Além de todos os fatores existe também a PEC 55 que vai sobre carregar a Previdência Social, que é aonde ainda existe um volume de recursos”, mencionou a palestrante. Como argumento, ela cita que a PEC fere os princípios constitucionais e causa a expansão da dívida pública.

A estatal não dependente emite os papéis financeiros, somente investidores privilegiados compram, recebem juros elevados e então as dívidas nascem. Esse esquema funciona de maneira idêntica na Grécia, onde também sofre com a dívida de maneira severa.

“É urgente sairmos desse cenário de escassez. Como solução, a consciência da realidade, mobilizações sociais seriam um método de rasgar o cenário da realidade”, disse Maria Lúcia.

Previdência Social