Novo golpe contra o servidor: alterar estabilidade com avaliações

A estabilidade do servidor duramente conquistada e constitucionalmente mantida está ameaçada. Desde 1998 que se tenta aprovar no Congresso o PLP 248/1998 que “disciplina a perda de cargo público por ineficiência de desempenho do servidor público estável e dá outras providências”. A avaliação do servidor público ocorreria anualmente. Dentre os pontos elencados para a avaliação estão cumprimento de normas e procedimentos e de conduta no desempenho das atribuições do cargo, produtividade no trabalho, com base em padrões previamente estabelecidos de qualidade e economicidade; assiduidade, pontualidade e disciplina. Há os que querem a perda da estabilidade do servidor por meio de avaliações periódicas de eficiência. Calma, gente!

 

Memorando

O capitão Bolsonaro deveria ordenar aos chefetes do Planejamento o restabelecimento dos contracheques dos servidores. Na ânsia de afundar e punir os Correios, puniram os servidores civis que ficaram como a mãe de S. Pedro sem saber quem está metendo o garfo nos seus ganhos. Os servidores militares recebem contracheques. Os chefetes do Planejamento só querem saber de consignado. (Por que? Por que?)

 

Serrote

Acaba de ser criada nas redes de rádio, televisão, nos jornais e revistas, a profissão de “piloto de capitão”. Não tem a de piloto de formula 1? O piloto de capitão arvora-se na decisão de dizer o que o capitão deve fazer ou deixar de fazer. Tem que fazer o que os chineses, russos e árabes querem, ou o Brasil se ferra. Tem que fazer o que mercado exige, ou o Brasil se ferra. Não pode fazer o que o Trump quer, pois Trump é o cão chupando manga… Pode?

 

Mirante

  • Ninguém fala sobre a banca do advogado Felipe Santa Cruz, nem se sede em várias capitais do país, bem sobre sua especialidade. A esquerda limita-se a informar que o candidato único à presidência nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), nas eleições de 2019, é filho de um dos desaparecidos políticos durante o período da ditadura militar (1964-1985) no Brasil.
  • Troca-troca nos Correios: o general Juarez Aparecido de Paula Cunha assumirá a presidência dos Correios. Ele que era presidente do Conselho de Administração. O atual presidente, Carlos Fortner, ocupará a vice-presidência de operações. Em 2017 os Correios registraram lucro de R$ 667 milhões. O resultado positivo veio após quatro anos seguidos de prejuízo. Em 2015 o resultado negativo foi de R$ 2,12 bilhões e, em 2016, de R$ 1,48 bilhão.
  • O embaixador americano Thomas Shannon que serviu em Brasília – entre 1989 e 1992, no governo de George Bush pai, e entre 2010 e 2013, como embaixador em Brasília no governo de Barack Obama, deu entrevista a BBC defendendo a entrada do Brasil na OTAN, ressaltando as qualidades do “nacionalismo conservador” de Bolsonaro.
  • O professor de ciência política da Universidade de Oxford Timothy J. Power, especialista em Brasil e diretor da Oxford School of Global and Area Studies afirma que  as mudanças em questões de costumes e direitos sociais nos últimos anos, como o casamento homoafetivo e a introdução de cotas raciais em universidades, tiveram um “efeito colateral”: a reação de setores de direita que antes não manifestavam abertamente seus pensamentos levaram Bolsonaro a Presidência.

 

Central dos Servidores

 

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil/Agência Brasil

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