MP contra fraudes no INSS pode aumentar ações judiciais

Editada para coibir fraudes no INSS e economizar quase R$ 10 bilhões nos primeiros 12 meses de vigência, a Medida Provisória 871/2019 pode acarretar uma falsa economia, devido ao possível aumento do número de ações judiciais movidas pelos segurados para anular o corte de benefícios e pensões. Essa é a avaliação do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP) e de alguns parlamentares que participaram de audiência pública da Comissão Mista que analisa a medida provisória.

A medida institui o Programa Especial para Análise de Benefícios Previdenciários com Indícios de Irregularidade e o Programa de Revisão de Benefícios por Incapacidade. Na prática, a MP 871/2019 altera regras de concessão de benefícios, como auxílio-reclusão, pensão por morte e aposentadoria rural, e cria também dois bônus por produtividade, sendo um para analistas e técnicos do INSS e outro para a carreira de peritos médicos. A MP 871/19 já recebeu 578 propostas de alteração. Houve divergências nos debates. De um lado, o governo argumenta que a medida vai evitar fraudes. No entanto, há quem entenda que ela acabará com direitos.

O diretor do IBDP Diego Cherulli confirmou que o “pente-fino” do governo Temer cancelou, em dois anos, 80% dos benefícios de auxílio-doença revisados e 30% das aposentadorias por invalidez revistas, o que teria causado uma explosão de ações na Justiça Federal.

“A MP não vai reduzir a judicialização, vai aumentar. O pente-fino cessou 80% dos benefícios sua primeira fase. Desses cessados, a maioria foi para o Judiciário”, disse Cherulli.

O diretor do IBDP diz que até mesmo benefícios que haviam sido concedidos na Justiça (que, diferentemente do INSS, conta com peritos especialistas) foram cassados pelo pente-fino iniciado em 2016. Ele considera que a criação de um bônus para os peritos pode estimular o indeferimento de benefícios.

A diretora de Benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Marcia Eliza de Souza, acredita que a MP 871 vai reduzir as divergências de entendimento entre o INSS e a Justiça, opinião reforçada pela subsecretária da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Karina Argolo. Com a MP, os peritos do INSS poderão acompanhar processos judiciais de benefícios por incapacidade, o que pode representar uma economia de R$ 2 bilhões aos cofres públicos.

“Na maioria das vezes, o perito judicial desconhece as regras dos benefícios por incapacidade. Existe muita diferença no olhar e na conduta”, afirmou Karina.

O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) e os deputados Tereza Nelma (PSDB-AL) e Rodrigo Coelho (PSB-SC) defenderam mudanças na MP, que, segundo eles, trata fraude como regra e prejudicará milhares de brasileiros.

“Não estamos falando apenas de números, estamos falando de vidas. Pessoas que pagaram INSS a vida toda e, com essa MP, se for aprovada da forma como está, vai aumentar ainda mais a desigualdade social em nosso país e aumentar ainda mais as ações judiciais”, avaliou Coelho.

Felipe Bresciani, da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, ressaltou que a MP 871 integra o pacote de medidas editadas pelo governo para racionalizar o sistema previdenciário, que inclui, entre outras propostas, a PEC 6/2019, da reforma da Previdência, e o projeto de lei de cobranças das dívidas dos grandes devedores.

De acordo com o presidente da comissão mista, senador Izalci Lucas (PSDB-DF), o relatório final será apresentado em 7 de maio, véspera da votação da proposta.

Há três meses que o “pente-fino” não vem sendo feito no INSS.

O governo espera fazer uma revisão de 6,4 milhões de benefícios e processos com suspeitas de irregularidade. Com o cancelamento de pagamentos e maior rigor na concessão de auxílio-reclusão, pensão por morte e aposentadoria rural, a estimativa de economia anual foi calculada em R$ 9,8 bilhões. 

Com as bonificações, o Ministério da Economia espera desembolsar R$ 339 milhões em 2019 e 2020. O programa só poderá ser iniciado depois que o remanejamento de verba for autorizado pelo Legislativo.

O Ministério da Economia informou que a execução do programa especial só começará após a expressa autorização na lei orçamentária.

Enquanto aguarda a autorização do Congresso, o governo trabalha na operacionalização do INSS e na capacitação dos servidores que trabalharão no processo.

“Vale destacar que o prazo para que os servidores façam adesão ao programa já foi finalizado e, tão logo as alterações sejam feitas, o programa de revisão será iniciado”, informou.

O pente-fino do último governo, feito entre julho de 2016 e dezembro de 2018, examinou 1,18 milhão de beneficiários de auxílios-doença e aposentadorias por invalidez. Ao fim do processo, foram cortados 452 mil auxílios e 275 mil aposentadorias. A economia gerada só com o encerramento de auxílios foi de R$ 14,5 bilhões.

 

Comunicado

Infelizmente o ministro dos transportes, Tarcísio de Freitas, encolheu os “flaps” na fusão das Agências que trabalham contra o país e os brasileiros, enriqueceram políticos da “velha política” agrupados no Centrão. A agência dos ônibus é caso de polícia. Dos transportes aquaviários idem. A ANAC tem as cores da roubalheira nacional. O transporte aéreo foi desnacionalizado e você paga assento, mala, compra comida, sofre atrasos e é desrespeitado. No transporte rodoviário, tem que acabar não só a indústria dos pardais como o DPVAT anual.  DPVAT deveria ser pago na compra e venda do carro.

 

Serrote

O senador Reguffe tem pronunciamento no Senado criticou o excesso de renúncias fiscais, de incentivos e desonerações concedidas pelo governo federal a bens e serviços sem um critério justo. Somente em 2019, revelou, R$ 306,4 bilhões deixarão de entrar nos cofres públicos por causa disso. Mas foram palavras ao vento.

“Os produtos que necessitam de incentivos, como os remédios, que é algo que ninguém compra porque quer, compra porque precisa para sua saúde, não têm desoneração fiscal. Agora, os automóveis têm, outras áreas, têm, remédios não têm. Esse é um país que escolhe muito bem suas prioridades, para não dizer o oposto”, disse.

 

Mirante

O Brasil tem 754.2 mil presos incluindo os 50 mil em regime aberto;

Nos presídios estão 704,3 mil ocupando 415,9 mil vagas.

Há um déficit de 288,4 mil vagas.

18,9% dos presos trabalham;

12,6% estudam;

Não há indícios que esta situação não vai mudar em futuro próximo.

Não há como reduzir a superpopulação carcerária.

Em quatro meses nada se fez no combate as causas da violência. Só exposição de vaidades.

O ditador  da Venezuela, Nicolás Maduro, enviou uma carta ao presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (DEM-AP), em que pede o apoio do parlamentar brasileiro para restabelecer “uma relação bilateral amistosa e respeitosa” entre os dois países e reabrir a fronteira venezuelana com o Estado de Roraima, segundo cópia da missiva obtida pela Reuters. A correspondência foi entregue a Alcolumbre pelo senador por Roraima Telmário Motta (Pros), que se reuniu com Maduro em Caracas. A carta de Maduro foi recolhida à 6ª secção.

Estudo realizado pela consultoria alemã Bertelmann Stiftung calculou o impacto do Brexit para diferentes países e identificou que o Brasil pode ter ganhos comerciais de até € 1,7 bilhão (cerca de R$ 7,3 bilhões) a depender do modo pelo qual o Reino Unido deixará o bloco europeu.

Esse montante, segundo o estudo, se refere ao cenário de no-deal (sem acordo). Caso o Reino Unido mantenha a proximidade com o mercado europeu numa espécie de ‘soft Brexit’ (ou Brexit suave), o Brasil ainda pode obter ganhos de aproximadamente € 940 milhões (cerca de R$ 4 bilhões).

Os 54 anos da Globo, presente da ditadura para a família de Roberto Marinho, foram lembrados no Senado, mas já não se fazem comemorações como antigamente. O vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo, José Roberto Marinho, divulgou os números da Globo: são 3 mil horas por ano de entretenimento e 3 mil de jornalismo, que equivalem à produção de 30 filmes longa-metragem por semana, ou 1,5 mil por ano.

 

“A gente produz mais do que Hollywood inteira, em termos de hora”, diz Marinho.

Produzidos por 24,9 mil colaboradores e funcionários, os conteúdos são hoje vistos em mais de 160 países, seja por meio do licenciamento a outras emissoras, seja pela exibição dos canais internacionais próprios, disse Marinho. São nove horas diárias de jornalismo, sendo três horas de notícias locais, produzidas pelas 122 emissoras afiliadas, pertencentes a emissoras independentes em todo o território nacional, explicou.

A China abriu seu mercado para a carne suína argentina, no marco de missão oficial despachada a Pequim encabeçada pelo Secretário da Agroindústria, Luís Miguel Etchevehere que firmou protocolo como vice-ministro chinês da Administração Geral de Aduanas, Li Gov.  Cerca de 22 produtores argentinos de carne suína foram autorizados a exportar para a China. Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos USDA, indicam que em 2018, a produção chinesa de carne suína foi de 54 milhões de toneladas e o consumo superou 55 milhões de toneladas, tendo o consumo per capita chegado a quase 40 quilos.

A ex-presidente da Argentina e senadora Cristina Fernandez Kircher segue candidata do peronismo contra Mauricio Marchi. Acaba de lançar um livro, mas, enfrenta problemas. Toda a venda do livro será sequestrada por ordem do juiz Claudio Bonadio, por ela esculachado como “sicário”. Tá difícil prender a Sra. Kirchener. Sua filha fugiu para Cuba e lá se asilou.  O Senado não concorda. Com o desastre econômico que os Kirchner inauguraram e que Marchi aprofundou, ainda não se tem ideia que vencerá na Argentina.

 

Central dos Servidores

  • Franklimberg Ribeiro de Freitas, presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), e Alberto Lunardelli Caldeira, indigenista especializado, para compor a delegação do Estado brasileiro que participará de audiência pública da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), no período de 7 a 10 de maio de 2019, em Kingston, na Jamaica.
  • Concedida a Medalha do Mérito de Rio Branco no grau de Grã-Cruz:

ANTÔNIO HAMILTON MARTINS MOURÃO, vice-presidente da República;

DAVID SAMUEL ALCOLUMBRE TOBELEM, presidente do Senado Federal;

SÉRGIO FERNANDO MORO, ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública; PAULO ROBERTO NUNES GUEDES, ministro de Estado da Economia;

TARCISIO GOMES DE FREITAS, ministro de Estado da Infraestrutura;

TEREZA CRISTINA CORRÊA DA COSTA DIAS, ministra de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;

ABRAHAM BRAGANÇA DE VASCONCELLOS WEINTRAUB, ministro de Estado da Educação;

LUIZ HENRIQUE MANDETTA, ministro de Estado da Saúde;

RICARDO DE AQUINO SALLES, ministro de Estado do Meio Ambiente;

MARCELO HENRIQUE TEIXEIRA DIAS, ministro de Estado do Turismo;

GUSTAVO HENRIQUE RIGODANZO CANUTO, ministro de Estado do Desenvolvimento Regional; DAMARES REGINA ALVES, ministra de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; ANDRÉ LUIZ DE ALMEIDA MENDONÇA, advogado-geral da União;

ROBERTO DE OLIVEIRA CAMPOS NETO, presidente do Banco Central do Brasil;

IBANEIS ROCHA BARROS JUNIOR, governador do Distrito Federal;

WILSON JOSÉ WITZEL, governador do Estado do Rio de Janeiro;

JOÃO AGRIPINO DA COSTA DORIA JÚNIOR, governador do Estado de São Paulo;

ROMEU ZEMA NETO, governador do Estado de Minas Gerais;

EDUARDO FIGUEIREDO CAVALHEIRO LEITE, governador do Estado do Rio Grande do Sul; CARLOS MOISÉS DA SILVA, governador do Estado de Santa Catarina;

CARLOS ROBERTO MASSA JÚNIOR, governador do Estado do Paraná;

GLADSON DE LIMA CAMELI, governador do Estado do Acre;

ANTÔNIO OLIVERIO GARCIA DE ALMEIDA, governador do Estado de Roraima;

Almirante de Esquadra CLAUDIO PORTUGAL DE VIVEIROS;

Almirante de Esquadra  ALIPIO JORGE RODRIGUES DA SILVA;

Almirante de Esquadra  ALMIR GARNIER SANTOS;

General de Exército CLAUDIO COSCIA MOURA;

General de Exército ARTUR COSTA MOURA;

General de Exército WALTER SOUZA BRAGA NETTO;

General de Exército DÉCIO LUÍS SCHONS;

Tenente-Brigadeiro do Ar CARLOS DE ALMEIDA BAPTISTA JUNIOR;

Tenente-Brigadeiro do Ar LUIZ FERNANDO DE AGUIAR;

Tenente-Brigadeiro do Ar LUIS ROBERTO DO CARMO LOURENÇO;

JOSÉ MUCIO MONTEIRO FILHO, presidente do Tribunal de Contas da União; e OLAVO LUIZ PIMENTEL DE CARVALHO;

 

I – no grau de Grande Oficial:

ANDRÉ CHERMONT DE LIMA, ministro;

JOÃO ALFREDO DOS ANJOS JUNIOR, ministro;

LUÍS GUILHERME PARGA CINTRA, ministro; e

SARQUIS JOSÉ BUAINAIN SARQUIS, ministro;

 

II – no grau de Comendador:

ALBERTO LUIZ PINTO COELHO FONSECA, conselheiro;

ALEXANDRE JORGE DE LIMA, conselheiro;

CAIO MÁRIO RENAULT, conselheiro;

CIRO LEAL MARTINS DA CUNHA, conselheiro;

DEBORAH CARVALHO DE SOUZA, conselheira;

FLÁVIO MARCÍLIO MOREIRA SAPHA, conselheiro;

GUSTAVO DE SÁ DUARTE BARBOZA, conselheiro;

HÉLIO FRANCHINI NETO, conselheiro;

HELIO SILVA FILHO, conselheiro;

IGOR SANT’ANNA RESENDE, conselheiro;

JOÃO CARLOS BELLOC, conselheiro; e

MARIA CRISTINA MARTINS DOS ANJOS, conselheira;

 

Concedida no grau de Grã-Cruz

FLÁVIO NANTES BOLSONARO, senador;

MARCOS RIBEIRO DO VAL, senador;

SELMA ROSANE SANTOS ARRUDA, senadora;

SÉRGIO OLÍMPIO GOMES, senador;

SORAYA VIEIRA THRONICKE, senadora;

BEATRIZ KICIS TORRENTS DE SORDI, deputada federal;

EDUARDO NANTES BOLSONARO, deputado federal;

HÉLIO FERNANDO BARBOSA LOPES, deputado federal;

JOICE CRISTINA HASSELMANN, deputada federal;

LUIZ PHILIPPE DE ORLÉANS E BRAGANÇA, deputado federal;

MARCEL VAN HATTEM, deputado federal;

NILSON PINTO DE OLIVEIRA, deputado federal;

VITOR HUGO DE ARAÚJO ALMEIDA, deputado federal;

WALDIR SOARES DE OLIVEIRA, deputado federal;

JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, presidente do Superior Tribunal de Justiça;

JOÃO BATISTA BRITO PEREIRA, presidente do Tribunal Superior do Trabalho;

MARIA THEREZA ROCHA DE ASSIS MOURA, vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça;

General de Divisão CESAR LEME JUSTO;

Major-Brigadeiro do Ar HERALDO LUIZ RODRIGUES;

Major-Brigadeiro do Ar PAULO BORBA;

JOSÉ COÊLHO FERREIRA; ministro do Superior Tribunal Militar

 

Promovidos na Ordem do Rio Branco:

I – ao grau de Grã-Cruz:

CARLOS SÉRGIO SOBRAL DUARTE, embaixador;

FLÁVIO SOARES DAMICO, embaixador;

LUÍS FERNANDO DE ANDRADE SERRA, embaixador;

MARCOS LEAL RAPOSO LOPES, embaixador;

NORBERTO MORETTI, embaixador;

PEDRO MIGUEL DA COSTA E SILVA, embaixador; e

REINALDO JOSÉ DE ALMEIDA SALGADO, embaixador;

 

II – ao grau de Grande Oficial:

COLBERT SOARES PINTO JUNIOR, ministro;

DANIELLA ORTEGA DE PAIVA MENEZES, ministra;

MARCELO DE OLIVEIRA RAMALHO, ministro;

MARCO ANTONIO NAKATA, ministro;

PAULO ELIAS MARTINS DE MORAES, ministro;

PEDRO MURILO ORTEGA TERRA, ministro;

RAFAEL DE MELLO VIDAL, ministro;

 

Promovidos na Ordem do Rio Branco:

ao grau de Grã-Cruz:

MARCOS CÉSAR PONTES, ministro de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações;

WAGNER DE CAMPOS ROSÁRIO, ministro de Estado da Controladoria-Geral da União; FLORIANO PEIXOTO VIEIRA NETO, ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República;

CARLOS ALBERTO DOS SANTOS CRUZ, ministro de Estado Chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República;

ANA LUCIA ARRAES DE ALENCAR, vice-presidente do Tribunal de Contas da União;

General de Exército GERALDO ANTONIO MIOTTO; e

Tenente-Brigadeiro do Ar MARCELO KANITZ DAMASCENO.

Foto: Agência Câmara

A Deputada Federal do PT, Maria do Rosário obteve 97.303 votos totalizados (1,66% dos votos válidos) e foi eleita Deputada Federal no Rio Grande do Sul no 1º turno das Eleições 2018.


Jb Serra e Gurgel
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