Em entrevista a jornalistas, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, defendeu a política de diminuição da taxa de juros do crédito consignado para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

“A política governamental é de não ter aumento da taxa de juros e, se possível, até uma diminuição, para favorecer quem mais precisa no seu momento mais difícil”, afirmou.

Desde março do ano passado, o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), órgão colegiado que estabelece diretrizes relacionados ao setor e que é coordenado pela pasta, realizou oito cortes no teto de juros, que atualmente está em 1,66% ao mês.

As reduções colocaram o governo em rota de colisão com os bancos: segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a concessão de novos financiamentos caiu 11% neste ano, o que o órgão creditou à redução do teto.

Lupi contestou os números apresentados: “Quando eles (os bancos) dizem que houve diminuição (na concessão de empréstimos), não é real. Se você colocar essa realidade da fotografia do Brasil, muito desses trabalhadores que já estão aposentados ou são pensionistas, quando chega ao teto de 35%, ele já não pode mais contrair empréstimo. Então, isso vai acontecendo ao longo do tempo”.