O Ministério da Saúde quer mudar o Revalida, a prova para validar o diploma de médico obtido no exterior. O ministro Luiz Henrique Mandetta, sugere a alteração da lógica do exame e, ainda, a participação de faculdades particulares no processo, diante dos cerca de 120 mil profissionais formados fora do país, interessados em trabalhar em clínicas e hospitais brasileiros.

Atualmente, a validação começa pela análise da documentação que comprova a formação do profissional. Isso é feito em universidades públicas credenciadas. Passando essa fase, médicos fazem uma prova, organizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Mandetta sugere a inversão da ordem. Primeiramente, haveria a prova e a análise de documentos seria feita somente para aprovados. “Isso daria agilidade ao processo”, afirmou.

Essas mudanças fazem parte de uma discussão do governo sobre a oferta de profissionais para o país. Nesse tema, estão incluídos os dois mil cubanos que participaram do programa Mais Médicos e, com o rompimento do acordo com Cuba, tiveram de sair e optaram por ficar no país. Como o governo mostrou esses profissionais hoje trabalham na informalidade, como recepcionistas, motoristas e até pedreiros.