O Ministério da Saúde anunciou um investimento recorde de R$ 561 milhões em ciência, tecnologia e inovação em saúde para 2025. O valor, previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA), é cinco vezes maior que a média anual registrada no governo anterior (R$ 110 milhões e será direcionado a áreas prioritárias como Saúde da Mulher, Oncologia, Doenças Raras e Doenças Negligenciadas.

No ano passado, o investimento em pesquisas alcançou R$ 262,7 milhões, contemplando 336 projetos por meio de editais de Chamadas Públicas, em parceria com o CNPq. Segundo a pasta, quase metade dessas iniciativas (49,4%) é liderada por mulheres.

“Estamos somando esforços e garantindo mais recursos para encontrar soluções e fortalecer o SUS”, disse a secretária Fernanda de Negri (Sectics), que complementou ao dizer que o setor da saúde está entre os que mais investem em pesquisa no mundo.

Já a diretora do Decit, Meiruze Freitas, destacou que o aporte de 2025 “expressa uma decisão política clara de colocar a ciência como um dos pilares do fortalecimento do SUS”.

O anúncio foi feito durante a Semana da Ciência, Tecnologia e Inovação para o SUS, que ocorreu de 2 a 5 de junho em Brasília. O evento, promovido pelo Ministério da Saúde, reuniu cerca de 550 participantes – entre pesquisadores, gestores e técnicos para capacitações e debates sobre temas como genômica, desinformação em saúde e integridade científica.

Além de capacitações, a programação inclui o Marco Zero, etapa inicial dos projetos aprovados em 2024, que agora iniciam suas atividades após avaliação técnica. Esses projetos também serão acompanhados por seminários parciais e finais, garantindo a efetividade dos resultados.