Mesmo com aumento, salários de militares e professores continuam baixos

Os Estados aumentaram mais os salários de militares e professores nos últimos anos, o que pressionou os gastos com remuneração de pessoal ativo e inativo no orçamento público. No entanto, essas duas categorias profissionais, que garantem a prestação de serviços públicos de segurança e educação, ainda permaneciam com as remunerações mais baixas entre as pesquisadas em estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O levantamento analisou as remunerações de 2,48 milhões de servidores estatutários e militares estaduais no País no período de 2004 a 2018.

A renda média real de militares estaduais mais que dobrou em 2018 em relação a 2004, uma alta de 128%. Considerando os servidores estatutários e não estatutários mais os militares, o reajuste real foi de 80% no período. Os professores da educação básica tiveram uma elevação de 99% na remuneração ao fim de 14 anos.

Por outro lado, o quadro de remunerações adotado como base pela pesquisa, obtido através da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2016, mostra que esses profissionais que atuam na segurança pública e no ensino básico estão entre os que recebem as remunerações medianas mais baixas no quadro de servidores estaduais. Em termos nominais, um professor da rede estadual recebia R$ 3.666 mensais, e militares ganhavam R$ 4.527 mensais. Por outro lado, servidores da Defensoria Pública ganhavam R$ 18.988; do Tribunal de Contas, R$ 16.468; da Assembleia Legislativa, R$ 11.206; do Ministério Público, 10.309; e do Judiciário, R$ 8.215.

Embora os profissionais de ensino e segurança pública estejam entre os que possuem menor remuneração, estão entre as categorias mais numerosas em contingente de trabalhadores, totalizando juntos quase metade (1,137 milhão) do funcionalismo público estadual.

*Com informações, IstoÉ

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