Maia diz que se reforma tributária não for aprovada após a pandemia será o ‘caos’ para o Brasil

*

Colaborou Denise Cavalcante

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ao Valor nesta quarta-feira que a reforma tributária precisa ser aprovada após a pandemia para acelerar a recuperação econômica e diminuir o custo para a sociedade pagar a dívida criada para enfrentar a covid-19. “Se a reforma não andar o pós-pandemia será um caos pro Brasil”, disse.

Ao participar do lançamento virtual do livro “Tributação 4.0”, Maia afirmou que esse é o grande desafio e que a Câmara pretende retomar o debate sobre a PEC 45 dentro de algumas semanas. Em algumas semanas vamos voltar com, mas certamente a discussão sobre o sistema tributário como um todo será um pouco mais complexa e mais relevante”, disse.

A PEC 45 promove a união de impostos federais, estaduais e municipais (PIS, Cofins, IPI, ISS e ICMS) sobre o consumo de bens e serviços. “Temos um debate sobre a tributação dos impostos de bens e serviços na Câmara. A gente não sabe se depois da pandemia esse é o debate, mas não tenho dúvida nenhuma que o debate da reforma do sistema tributário será fundamental para que o Brasil consiga sair com alguma força dessa crise”, comentou.

Maia destacou que o endividamento público crescerá muito por causa do enfrentamento a covid-19 e que as reformas serão ainda mais importantes para a saída da crise. Quanto mais rápido o país crescer, afirmou, menor será o custo para a sociedade (já que o crescimento poderá ser usado para diminuir a dívida, que alcançará mais de 90% do produto interno bruto).

Ele já vem afirmando, nas últimas semanas, que a reforma administrativa do serviço público terá que ser repensada para esse novo momento e que a tributária também será essencial.

O relator da reforma tributária no Congresso, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), também participou do lançamento e defendeu que a transformação do mundo após a pandemia exigirá ainda mais a aprovação da reforma tributária. “Em três meses praticamente já consumimos toda a economia prevista com a reforma da previdência”, frisou.

Previdência Social