Em evento da Enap, servidoras de carreira debateram acesso, promoção, permanência e influência de fatores como raça e identidade de gênero dentro do serviço público

O 1º Encontro Nacional de Mulheres de Carreiras de Estado, foi uma iniciativa pioneira realizada pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), que é ligada ao Ministério da Gestão e Inovação (MGI), que reuniu especialistas e líderes femininas do setor público para discutir desafios e estratégias para promover de fato a igualdade de gênero nas carreiras de Estado.

No painel “Diagnóstico da situação das mulheres em carreiras de Estado”, foram discutidas as barreiras enfrentadas pelas mulheres nas carreiras públicas, como acesso, promoção, permanência e a influência de fatores interseccionais como raça e identidade de gênero.

A Assessora Especial de Diversidade e Inclusão da Advocacia-Geral da União (AGU), Claudia Trindade, afirmou que a área dela é algo inédito dentro do órgão e que foi criada justamente para fazer um diagnóstico e conseguir transformar e sugerir políticas públicas mais diversas. “Nossa carreira não tem muita disparidade de gênero. Nas carreiras jurídicas, o déficit grande é de pessoas negras e com deficiência. É nesta perspectiva que estamos propondo estudos, para que a AGU reflita mais a cara do Brasil”, afirmou.

As participantes do painel concordaram que é fundamental criar políticas para garantir igualdade de gênero nas carreiras públicas brasileiras. Elas destacaram que isso não só promove a justiça e a igualdade, mas também é benéfico para o serviço público incluir diferentes pontos de vista e habilidades de uma equipe diversificada.