O Prisma Fiscal – levantamento elaborado pelo ministério da Fazenda – registrou piora nas estimativas para o resultado primário do governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) deste ano e de 2017.

As estimativas preveem um estouro da meta fiscal, de déficit de R$ 139 bi, estipulada pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017. Em julho, o déficit primário (diferença entre a receita líquida e a despesa) esperado para o ano que vem era de R$ 138,6 bi. Em agosto, passou para R$ 140,1 bi.

Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, reforçou sua opinião, alertando que o rombo chegará a R$ 200 bi. Para ele quando os analistas começarem a incluir essa piora nas contas públicas em seus modelos, certamente as projeções de inflação vão voltar a subir. Segundo Perfeito, isso deve ocorrer no final deste ano, justamente quando o Banco Central terá que decidir se cortará ou não os juros.

O Prisma Fiscal é um sistema que coleta as expectativas do mercado, para acompanhar a evolução das principais variáveis fiscais brasileiras.