O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já cortou 53 mil benefícios até julho deste ano, antes de dar início ao pente-fino.

No início do ano, o INSS apresentou ao Ministério do Orçamento um plano para reduzir despesas obrigatórias. Para isso, assumiu o compromisso de revisar benefícios por incapacidade (auxílio-doença e aposentadoria por invalidez) que estavam sendo pagos há mais de dois anos, com o objetivo de identificar falhas nos benefícios de pessoas que já estariam aptas para retornar ao trabalho.

Até julho deste ano, essa revisão resultou no cancelamento de 46 mil auxílios-doença e 7 mil aposentadorias, totalizando 53 mil benefícios cessados. A economia gerada com esses cortes é de R$ 916 mi ao ano.

O relatório indica que a quantidade de beneficiários excluídos da folha de pagamentos só não avançou mais depressa porque o INSS não tem médicos peritos suficientes. A abertura de concursos públicos foi solicitada, mas a crise das contas públicas impede as contratações.

Os beneficiários serão chamados para a perícia, nos postos da Previdência Social, através de cartas. Após o recebimento o segurado terá cinco dias para marcar a perícia, caso não apareça na data agendada, terá o benefício cortado. O segurado saberá se teve o benefício suspenso, um dia após a perícia. Para isso ele poderá ligar na Central de Atendimento 135, ou através do site do INSS: www.inss.gov.br.

O beneficiário que não concordar com o resultado da perícia poderá recorrer da decisão e solicitar nova avaliação. As revisões devem durar dois anos e não prejudicarão os atendimentos regulares.