IBGE aponta que crise levou 4,5 mi a mais à extrema pobreza

Um estudo de quatro anos seguidos de crise econômica no Brasil divulgado nesta quarta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, em 2018, o número de pessoas em situação de extrema pobreza chegou a 13,5 milhões, 4,5 milhões a mais que em 2014, quando o país viva sob os patamares mais baixos de desemprego. Esse é o maior número de pessoas nesta condição na série histórica do estudo que começou em 2012.

De acordo com o IBGE, é considerado em situação de extrema pobreza quem dispõe de menos de US$ 1,90 por dia, o que equivale a aproximadamente R$ 145 por mês. Essa linha foi estabelecida pelo Banco Mundial para acompanhar a evolução da pobreza global.

Dois dos indicadores que são usados mundialmente para medir a desigualdade econômica bateram recorde em 2018. São eles o Índice de Gini e o Índice de Palma.

O Gini monitora a desigualdade de renda em uma escala de 0 a 1, sendo 0 a igualdade perfeita e o 1 a máxima desigualdade. Segundo o IBGE, ele apresentou queda contínua entre 2012 e 2015, quando voltou a crescer ano a ano, atingindo seu maior valor no ano passado.

Já o Índice de Palma, apresentou trajetória de queda até 2015, ficou estável entre 2016 e 2017 e voltou a crescer em 2018, também atingindo seu maior valor na série.

 

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