Governo vai proibir queimada na Amazônia por quatro meses

Medida que deveria ser uma conscientização precisou de “empurrão” do governo para entrar em vigor

 

Pressionado a dar respostas a investidores estrangeiros pelo aumento no desmatamento, o governo Jair Bolsonaro prepara um decreto para proibir por quatro meses as queimadas legais na região da Amazônia e do Pantanal.

A informação foi confirmada, pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, responsável pela elaboração do documento. Segundo o ministro, não há previsão de quando o texto será finalizado.

A informação foi antecipada na terça-feira, 7, pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, ao jornal Valor Econômico. Na entrevista, Mourão também disse que o governo deve intensificar as ações de repressão ao fogo ilegal nas próximas semanas.

Em agosto do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro tomou decisão semelhante após aumento recorde nas queimadas da região amazônica provocar boicote a produtos brasileiros no exterior. Na época, a proibição durava inicialmente 60 dias e não se aplicava em casos de controle fitossanitário, de prevenção e combate a incêndios e de agricultura de subsistência das populações tradicionais e indígenas.

Nesta quinta-feira (09), o governo também terá um encontro com investidores para tentar aplacar críticas ao desmatamento. A reunião será liderada pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que comanda o Conselho da Amazônia. Os ministérios do Meio Ambiente, Agricultura, Defesa, Justiça e Itamaraty já se reuniram para levantar dados de cada pasta e, a partir dessas informações, consolidar uma carta de resposta aos investidores.

*Com informações, IstoÉ Dinheiro

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