Governo busca espaço no teto de gastos para pagar seguro-desemprego

O aumento de dois dígitos de seguro-desemprego, impulsionados principalmente pela crise do coronavírus, está fazendo o ministro Paulo Guedes (Economia) estudar como obter recursos para o benefício.

O impacto da pandemia no mercado de trabalho já levou 3,9 milhões de pessoas a pedirem seguro-desemprego ao governo no primeiro semestre, o que representa um aumento de 14,8% na comparação com igual período do ano passado.

Para bancar o aumento nos pedidos, o Ministério da Economia busca em agências internacionais um financiamento de US$ 780 milhões para o programa.

Entre as instituições, estão o NDB (Novo Banco de Desenvolvimento, o banco dos Brics) e o BID (Banco Internacional de Desenvolvimento).

Nas contas do governo, o financiamento pode bancar cerca de 1 milhão de novos beneficiários. Isso cobriria de forma aproximada o saldo liquido de 1,1 milhão de vagas formais fechadas de janeiro a maio, de acordo com os mais recentes dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

O secretário de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, disse que os dados do Caged do último mês sinalizam um abrandamento da crise, mas ressaltou não haver uma estimativa de quando o mercado de trabalho vai parar de fechar vagas.

*Com informações, Folha de São Paulo

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