Na última terça-feira (30), durante a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, o governo federal anunciou a proposta do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) para o período entre 2024 e 2028, com investimento previsto de R$ 1,76 bilhão.

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) será um dos órgãos com mais iniciativas. O objetivo, segundo a pasta, é tornar o Brasil “um modelo global de eficiência e inovação no uso de IA no setor público”.

“Esse tema da Inteligência Artificial requer que a gente desenvolva capacidades estatais para lidar com ele, tanto do ponto de vista de como usar a IA dentro do governo, como cuidar para que na sociedade brasileira o desenvolvimento da Inteligência Artificial esteja pautado pelos valores que nos guiam, que é de redução de desigualdades, de inclusão, de democratização e de atenção aos nossos desafios como humanidade, as mudanças climáticas, o próprio processo de transformação digital da sociedade”, afirmou a ministra da Gestão em exercício, Cristina Mori.

Entre alguns itens no plano, está a criação de um Núcleo de IA do Governo, a ser coordenado pelo MGI e que contará com órgãos como o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Escola Nacional de Administração Pública (Enap), Universidade de Brasília (UnB), Serpro, Dataprev e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Esse núcleo será responsável por criar uma Plataforma de Inteligência Artificial do Governo e identificar e estruturar projetos estratégicos de IA dentro da Administração Pública, com a estruturação de 25 projetos de alto impacto até 2026.

Outro aspecto do plano está na capacitação de servidores públicos para o uso da Inteligência Artificial: o objetivo é capacitar 115 mil servidores até o fim de 2026 (equivalente a cerca de 20% do total de servidores ativos), com um investimento previsto de R$ 7,5 milhões.