Geap ameaçada

A Diretoria da Anasps aguarda sentença liminar no mandado de segurança contra a terceira intervenção na Geap, perpetrada por um grupo ligado ao Partido Progressista (PP), um dos partidos encalacrados na Lava Jato. A Geap está sob intervenção da Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC e tem patrimônio de R$ 2 bi. A Geap Autogestão em Saúde está sob intervenção da Agência Nacionald e Saúde – ANS e deve movimentar este ano mais de R$ 3 bi.

A Geap chegou a ter, no ano de 2014, 613.349 beneficiários, sendo 60% com mais de 50 anos e 45% com mais de 60 anos. Desses 500 beneficiários tinham mais de 100 anos.

Chegou a contar com 132 patrocinadoras e 17.559 prestadores.

Desde que a gestão de Luis Carlos Saraiva Neves aprovou aumento de 37,55% a partir de janeiro de 2016, que a Geap vem perdendo cerca de 5 mil beneficiários por mês. Acredita-se que mais de 30 mil já tenham deixado o plano neste ano.

O aumento foi aprovado, sob pressão, para supostamente encobrir parte de um déficit de R$ 466 bi,(18.11.2015, CB)

Coincidência ou não, a mudança na Geap ocorreu no dia em que a Câmara dos Deputados desfigurou o Projeto de Lei do Executivo que punha ordem na presença de políticos da gestão pública. O projeto deverá ser aprovado, agora, pelo Senado.

A Geap não é empresa pública, mas recebe dinheiro público – o “per capita” de assistência à saúde que é de R$ 145.

Pelos estatutos da Geap, os representantes indicados pelo governo, que são três, contra outros três indicados pelos servidores, têm o voto de minerva e impõe o que querem.

A Ato anulou a redução do aumento de 37,55% para 20% e vai mandar cobrar os atrasados, ignorando ações judiciais da Anasps, já deferidas pela Justiça Federal, em Brasília.

Previdência Social