Gastos reais com funcionalismo público é o menor desde 2008

Devido à falta de reajustes salariais, concursos públicos e o adiamento de pagamento dos  precatórios, os gastos com o funcionalismo público em 2022 teve uma baixa considerável. As despesas com os servidores públicos federais ativos e inativos encerraram o primeiro semestre deste ano no menor nível em 14 anos.

A informação é da Agência Brasil, que usou como base de dados as estatísticas do Tesouro Nacional. De janeiro a junho, o Poder Executivo Federal desembolsou R$ 157,477 bilhões para pagar salários, aposentadorias e sentenças judiciais do funcionalismo, em valores atualizados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A quantia é a mais baixa desde 2008, quando estava em R$ 139,733 bilhões, também em valores corrigidos pela inflação.

Ao atualizar os gastos pelo IPCA, o recorde foi registrado no primeiro semestre de 2019, quando os gastos alcançaram R$ 186,213 bilhões. De lá para cá, os gastos recuaram 15,43% em termos reais (descontada a inflação).

Essa queda tem relação com diversos fatores. O principal foi o congelamento do salário do funcionalismo que vigorou entre junho de 2020 e dezembro de 2021. A medida foi aprovada em troca do pacote de ajuda a estados e municípios afetados pela pandemia da covid-19.

O Orçamento de 2022 tinha separado R$ 1,7 bilhão para reajuste salarial das forças federais de segurança e agentes de saúde. No fim de abril, a equipe econômica afirmou que estudava um aumento linear de 5% para todo o funcionalismo.

No entanto, no início de junho, o ministro da Economia, Paulo Guedes, descartou a concessão de reajustes em 2022. Por conta das restrições da lei eleitoral, o governo poderia conceder reajustes acima da inflação até 2 de abril, seis meses antes das eleições.

*Com informações do portal de notícias Agência Brasil.

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