Nos últimos 16 anos, as fraudes na Previdência Social brasileira lesaram mais de R$ 5,5 bi dos cofres públicos. Embora os números sejam elevados, só este ano, até setembro, mais de R$ 750 mi foram economizados. 

Além disso, nos primeiros quatro meses do ano, foram cancelados definitivamente cerca de 254 mil benefícios com indícios de irregularidades, chegando a uma economia anual de R$ 4,4 bi.

De acordo com o chefe da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT) da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Marcelo Henrique de Ávila, explica que o problema está na fragilidade dos documentos que são facilmente fraudados.  

Para ele, a melhor saída seria ter um documento de identificação biométrico, correspondendo ao dispositivo da Lei 13.444/17, que dispõe sobre a Identificação Civil Nacional. Isso evitaria 80% do esforço da força-tarefa no que diz respeito a investigação de algum tipo de falsificação. 

Só neste ano, até setembro, foram realizadas 30 operações conjuntas, com recuperação de cerca de R$ 160 mi em prejuízo.