Estudo aponta desigualdade no estudo entre negros e brancos

Dados educacionais, organizados pelo movimento Todos pela Educação, apontam que no Brasil a educação para brancos e negros é desigual. Segundo o estudo, os brancos concentram os melhores indicadores e é a população que mais vai à escola. O estudo conclui ainda que, os brancos são os que se saem melhor nas avaliações. As informações foram divulgadas pela Agência Brasil.

Pelos critérios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os negros, soma daqueles que se declaram pretos e pardos, são a maioria da população brasileira (52,9%). Os dados seguem apontando a desigualdade. A taxa de analfabetismo é de 11,2% entre os negros; 11,1% entre os pardos; e 5% entre os brancos.

Até os 14 anos, as taxas de frequência escolar têm pequenas variações entre as populações, o acesso é semelhante à escola. No entanto, a partir dos 15 anos, as diferenças ficam maiores. Enquanto entre os brancos 70,7% dos adolescentes de 15 a 17 anos estão no ensino médio, etapa adequada à idade, entre os negros esse índice cai para 55,5% e entre os pardos, 55,3%.

No terceiro ano do ensino médio, no final da educação básica, a diferença aumenta: 38% dos brancos; 21% dos pardos; e, 20,3% dos negros têm o aprendizado adequado em português. Em matemática, 15,1% dos brancos; 5,8% dos pardos e 4,3% dos pretos têm o aprendizado adequado.

Em entrevista à Agência Brasil, a presidente executiva do movimento Todos Pela Educação, Priscila Cruz, diz que os indicadores são resultado de uma educação de baixa qualidade que não é capaz de fazer com que os estudantes superem as diferenças sociais. Segundo ela, os estudantes mais vulneráveis têm também acesso a escolas com as piores infraestruturas e ensino.

 

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