Estados gastam mais com PMs e bombeiros aposentados do que com os ativos

Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que os estados já gastam mais com policiais militares e bombeiros inativos do que com os que estão em atividade. Em 2018, a folha de pagamento do primeiro grupo foi de R$ 43 bi, enquanto o segundo consumiu R$ 38 bi, totalizando R$ 81 bi.

Segundo o governo, a solução para tentar controlar o impacto dessas despesas, PMs e bombeiros serão incluídos no projeto de reforma da Previdência das Forças Armadas. O Secretário de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, afirmou, em agosto, que o apoio do governo à inclusão de PMs e bombeiros no projeto dependia do aval dos governadores.

Para o coordenador de Políticas Macroeconômicas do Ipea, Claudio Hamilton dos Santos, a disparidade ocorre porque enquanto os gastos com ativos têm se mantido mais ou menos constantes desde 2014. 

“Os militares representam um problema fiscal para os estados porque são a categoria que se aposenta mais cedo e não pode deixar de ser reposta. Mesmos os mais liberais, que defendem o Estado mínimo, não vão discutir a necessidade de uma força de segurança estruturada, que não é passível de venda ou terceirização”, concluiu.

 

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