Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou que tem planos de ter o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) “sob controle” até o fim do ano, o que inclui o fim da fila para benefícios previdenciários. O chefe da Pasta também listou algumas das ações do Ministério para resolver a questão, como simplificar o mecanismo de acesso ao “Meu INSS” junto à Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev).

Sobre o déficit de servidores, o ministro repetiu a informação dada à Anasps de convocar 3 mil aprovados no cadastro reserva do concurso público do INSS: “No fim do ano passado já foram chamados mil aprovados no último concurso; estão sendo treinados. Eu pretendo ir ao limite de aprovados, acho que são pouco mais de 3 mil. Não vou conseguir autorização de hoje para amanhã, mas até o fim do ano quero chamar todos”.

Lupi também falou sobre a situação de municípios com Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). Segundo ele, 90% dos municípios estão falidos e pedindo um prazo maior para fazer o equilíbrio de suas contas: “Você só cria regime de previdência complementar se equacionar a dívida. Em determinados casos, a dívida poderia ser paga em 15 anos, 20 anos. Então, eles estão pedindo um prazo maior. Houve um Refis, mas, dos 5 mil municípios, 400 ou 500 conseguem fazer. Eles estão pedindo um novo parcelamento.

Outro tema foi a taxa de juros do empréstimo consignado para aposentados e pensionistas do INSS, que Lupi considerou abusivo: “O cara ganha um salário mínimo, quem tem consignado recebe R$ 500, R$ 600. E qual o risco que se tem se o cara tem o salário como garantia? Então, o banco que não venha com desculpa. E eles dão o cartão para o segurado e a taxa é 6%, 7% ao mês. As pessoas não têm noção de educação financeira”. O ministro prometeu levar a discussão para o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS).

*Com informações do jornal Valor Econômico