Informações do Ministério da Fazenda mostram que desde 2003 foram surrupiados cerca de R$ 5 bi dos cofres do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por meio de esquemas que visavam o recebimento irregular de benefícios. Com o objetivo de tentar barrar esses desvios, agentes da Previdência Social, Polícia Federal e Ministério Público Federal, reforçam a fiscalização.

Somente neste ano, essas operações contra fraudadores resultaram em uma economia de R$ 300 mi para as contas públicas.

Em 90% dos casos de fraudes na obtenção de benefícios, foram utilizados documentos falsos como certidão de nascimento, casamento e óbito. O coordenador da Assessoria de Pesquisa Estratégica e Gerenciamento de Riscos (APEGR) do Ministério da Fazenda, Marcelo Henrique de Ávila, explica que como ainda não foi implantado o Sistema de Informações de Registro Civil (SIRC) que prevê integrar as informações de todos os cartórios do país, qualquer pessoa, hoje, pode com duas testemunhas, obter o registro tardio de certidões de nascimento, por exemplo.

O coordenador acredita que com a integração dos dados no SIRC, seria possível prevenir golpes em que registros civis falsos são utilizados para sacar benefícios previdenciários indevidamente, como aposentadorias e pensões.