2022 deve registrar um aumento nas despesas com novos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social. Segundo projeções realizadas pela autarquia, a alta deve ser de R$ 2,5 bilhões para este ano, 13,8% a mais em relação a 2021. O número de processos concluídos também deve subir de 9,33 milhões para 10,27 milhões (um aumento de 10%).

Outro número que também subirá, segundo o INSS, é o de concessões (de 4,71 milhões para 5,17 milhões). O órgão atribui esses aumentos à automatização das análises e a mutirões realizados por servidores para verificar o número de processos em estoque.

Dentro do INSS, há uma preocupação em zerar a fila de benefícios, muito por conta de um acordo homologado com o Supremo Tribunal Federal em 2020: em outubro, a fila caiu para menos de 1 milhão pela primeira vez desde o início do mandato de Jair Bolsonaro (PL). Nesse ritmo (800 mil conclusões de processos por mês), segundo os técnicos da autarquia, a fila de espera poderá chegar perto de zero no segundo trimestre de 2023.

O governo vê com preocupação o aumento das despesas do INSS causado pelo avanço nas concessões: o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, chegou a enviar uma consulta ao Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a possibilidade do uso de crédito fora do teto de gastos para cobrir os custos da autarquia.

*Com informações do jornal Folha de S. Paulo