Dança das cadeiras e a volta do toma lá dá cá na Esplanada

As nomeações no segundo escalão poderão ser moeda de troca para apoio político. O capitão não abriu a guarda, mas abriram a porta em seu nome. A notícia é ruim pois frustra “a limpeza ética no governo”. As bancadas estão exultando com a possibilidade. As bandalheiras estão justamente no segundo escalão das autarquias, fundações, estatais, e nas agências reguladoras, todas “aparelhadas” pelo PT e pelo PMDB e que cobram pedágio em tudo. Estão no segundo escalão os milhares de cargos comissionados, terceirizados e temporários de não concursados. Em tempo: verbas parlamentares para deputados são moeda de troca no toma lá dá cá…

 

Memorando

O presidente do Senado, Eunício Oliveira, mandou para a Comissão de Constituição e Justiça do Senado o requerimento que pede eleição com voto aberto para a Presidência do Senado. Com isso, inviabilizou a apreciação da proposta a tempo da eleição, que será em fevereiro. O presidente da Casa atendeu a um pedido de seu desafeto Renan Calheiros, candidatíssimo e que quer voto secreto.

 

Mirante

  • Silêncio no governo sobre a debandada dos cubanos do Mais Médicos que voaram para Cuba. Teme-se que não eram os médicos, mas os “agentes políticos”, entre eles militares, infiltrados pelo governo cubano. Saíram pelo aeroporto de Brasília, pela Cubana de Aviacion, com passagem deles. O Ministério da Saúde há muito perdeu o controle sobre os cubanos. Não há notícias sobre eventuais cubanos que ficarão no Brasil. Nada se sabe, um desastre.

  • O que estão fazendo como setor de registro sindical do Ministério do Trabalho é ridículo, pois estão tirando os sofás das salas. Estão punindo os servidores dignos. Não há notícia de prisão e de devolução da grana por parte dos petistas, peemedebistas e petebistas que criaram 20 mil sindicatos. A reforma trabalhista já esvaziara os sindicatos. Estão atirando para os lados e nos pés. Por enquanto, dez a zero para a bandidagem.

  • O “governo paralelo” continua a todo vapor e não há como o capitão impedir: filho de presidente não pode ser demitido, mas o capitão poderá amarrar o guiso nos gatos como fez o com o vice-presidente general Mourão, hoje em silêncio de mosteiro e integrando ao grupo dos excluídos de tudo. Dois dos gatos falam sobre tudo. Agora estão nas articulações para presidentes do Senado e na Câmara, já vetaram Renan Calheiros e Rodrigo Maia.

  • A força das “bancadas temáticas” é proporcional ao rombo que produziram na Previdência Social. Ou o capitão não sabe ou foi enganado. O que a bancada ruralista fez com a previdência foi escandaloso. O Refis rural que a futura ministra da Agricultura impôs e pôs a Fazenda de joelhos foi acintoso. A previdência perdeu mais de R$ 22 bilhões. A bancada municipalista impôs à previdência outro Refis de R$ 100 bilhões. A reforma da previdência esconde o rombo dos Refis de mais de RS 400 bilhões. Ninguém fala sobre isso.

 

Central dos Servidores

  • Nada definido sobre a indicação do escritor e filósofo Olavo de Carvalho para a embaixada do Brasil nos Estados Unidos, que já teve empresários, escritores, políticos e militares.

  • Confirmada a presença de Benjamin Netanyahu, primeiro ministro de Israel, na posse do Capitão. Por enquanto é a estrela da companhia, mas não está descartada a presença do presidente americano Donald Trump;

  • Brasil afora: na Cemig, em Belo Horizonte, foram descobertos 700 petistas recebendo, sem trabalhar, R$ 38 mil mensais. Uma sinecura que é símbolo do PT.

  • O embaixador Otávio Brandele, que era chefe do Departamento do Mercosul, será o número dois do Itamaraty, com carta branca do Chanceler Ernesto Araújo. Há um clima de “barata voa” no Itamaraty pelo que pode acontecer com o fechamento de 20 a 30 embaixadas.

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

A Senadora Lídice da Mata (PSB-BA)


Jb Serra e Gurgel
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