Ao aumentar para 14% a alíquota de contribuição dos servidores ao regime municipal de Previdência, Porto Alegre se tornou uma das poucas cidades que descontam acima de 11% no Rio Grande do Sul. Conforme um levantamento do Ministério da Previdência, apenas 7% dos municípios gaúchos com sistema autônomo aplicam índices superiores a esse patamar.

Especialistas avaliam que o reajuste na participação dos funcionários é uma tendência em razão da crescente crise nos sistemas de aposentadoria, mas, ainda assim, o aumento da taxa está longe de amenizar o déficit na Capital, que alcançou R$ 636 mi no ano passado.

Segundo as informações fornecidas pelos municípios ao cadastro do governo federal, pelo menos 326 prefeituras gaúchas criaram previdências próprias. Dessas, 303 informaram descontar uma alíquota de 11% dos participantes o equivalente a 93% dos municípios. As demais recolhem, segundo o levantamento, entre 11% e 14% Porto Alegre e Gravataí aparecem entre as que impõem os maiores índices. O governo estadual gaúcho também passou a cobrar a alíquota de 14% com a intenção de aliviar o impacto das aposentadorias sobre o Tesouro, e a União estuda aplicar o mesmo percentual para os funcionários do Executivo.