Contra a reforma da Previdência, centrais dão abraço no prédio do INSS

O movimento cobra do governo mais discussões sobre a proposta da reforma

Byanca Guariz

Na manhã desta terça-feira (24), confederações, sindicatos e centrais sindicais se mobilizaram para dar um abraço no prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) como forma de protesto às propostas da reforma da Previdência. A mobilização teve início às 11h, no edifício sede da autarquia, em Brasília.

O ato, chamado “a Previdência é nossa, o direito de se aposentar” foi uma demonstração da classe trabalhadora contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016 e em defesa da aposentadoria de milhões de brasileiros.

Durante o encontro o presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis), Nilton Paixão, disse que a classe trabalhadora exige uma maior discussão sobre as propostas que foram apresentadas pelo governo Temer. “Estamos aqui exigindo respeito na discussão da reforma da Previdência”, disse.

Ainda de acordo com Paixão, um amplo movimento está se iniciando em defesa da Previdência Social. Segundo ele, cerca de 16 milhões de servidores em nível federal, nos estados e em 5.569 municípios, já apoiaram a causa. “Nós queremos um diálogo aberto com o governo, e uma conversa franca com a sociedade brasileira. Nenhum país sério modifica sua Previdência em seis meses. São anos de debates de audiências públicas”, acrescentou.

Durante a mobilização, o presidente do Instituto Movimento dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas (Mosap), Edison Haubert, se referiu a reforma da Previdência como um “aniquilamento” de servidores públicos brasileiros.

Um informativo sobre o “rombo” na Previdência Social, foi entregue a todos. O documento apresentava dados que apontam que a Previdência Social não é deficitária.

A reforma da Previdência é apontada como a principal medida para recolocar as contas públicas em dia e garantir a sustentabilidade do sistema. Se for aprovada, a reforma passará a exigir idade mínima para a aposentadoria (65 anos para homens e mulheres); aumento da contribuição mínima individual (que deve passar de 15 para 25 anos); regras de transição (o trabalhador terá que pagar um pedágio de 50% sobre o tempo que faltava para a aposentadoria); fim do acúmulo de benefícios; mudanças nas regras da pensão por morte, entre outros pontos.

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