Governo e centrais sindicais começarão uma nova sequência de negociação da reforma da Previdência em meados de agosto. Em oposição a quase todas as ideias do Planalto, as centrais vão propor a criação de um regime previdenciário para quem ingressar no mercado de trabalho a partir de agora.
A intenção é que as contribuições dos novos trabalhadores sejam repartidas, ou seja, a parte das empresas iria para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a parcela descontada dos trabalhadores seria depositada em um fundo criado para isso.
No fim de junho, na última reunião com a equipe do presidente interino, Michel Temer, a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Força Sindical se posicionaram contrariamente às ideias iniciais da reforma.
O governo quer definir uma idade mínima para a aposentadoria de 65 anos para homens e 63 ou 64 anos para mulheres. A mudança valeria para todos os trabalhadores da ativa, e não somente para os que ingressarem depois da mudança.
O governo também pretende frear o aumento dos gastos previdenciários, desvinculando os benefícios dos reajustes do salário mínimo.
Segundo as centrais, mesmo que suas propostas sejam aceitas, ainda haveria um rombo de cerca de R$ 50 bi. Para esse desfalque, seria preciso aumentar a contribuição dos agricultores.