Casos de síndrome de burnout crescem 30%. Conheça os direitos    

Exaustão emocional, dores de cabeça, trabalho excessivo são alguns dos sintomas

 

A Síndrome de Burnout tem atingido cada vez mais os trabalhadores. De acordo com pesquisa realizada pela International Stress Management Association (Isma), 30% dos mais de 100 milhões de trabalhadores brasileiros sofrem com o problema, que tem como principais sintomas, exaustão emocional, dores de cabeça e musculares, trabalho excessivo. 

Esta proporção é semelhante à do Reino Unido, pois, a cada três habitantes (mais de 20 milhões de pessoas) enfrenta o problema. 

O fenômeno ocupacional está incluído na 11º Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11), que entrará em vigor em 2022.

Com a pandemia, inúmeros funcionários e servidores adotaram o sistema home office. Mas, apesar de brilhar os olhos a comodidade de realizar as atividades no conforto do lar, essa modalidade tem gerado muito problemas, pois quando se trabalha em casa, os horários não são respeitados. 

Existem ainda, casos de trabalho acumulado, chamadas de vídeo inoportunas, ou ligações fora de hora, resultando no esgotamento profissional, mais conhecido como Síndrome de Burnout. 

A síndrome pode ser equiparada a um acidente de trabalho, por esse motivo, diversos especialistas recomendam o atendimento médico, para uma vez diagnosticado o mal, o trabalhador saber quais os seus direitos. 

Diretos de quem possui a doença 

Trabalhadores que possuem a doença, têm o direito de afastamento por licença médica, estabilidade, e em casos mais graves, à aposentadoria por invalidez. 

O afastamento pode ocorrer a partir do 16º dia de atestado médico, sendo necessário fazer uma perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para que seja constatado a incapacidade de exercer o labor e a concessão de um benefício com o intuito de tratamento médio.

Concessões de auxílio-doença 

Apesar de vir crescendo ano a ano o número de concessões de auxílio-doença relacionados à síndrome – entre 2017 e 2018, o crescimento foi de 115%, passando de 196 para 421 –, o burnout ocupa a 436ª posição entre as doenças com pagamentos de auxílio-doença nos três primeiros meses de 2021, com 148 concessões, de um total de 486.219.

Já em 2020, foram 610 concessões de um total de 2.341.029, e o burnout ficou na 508ª posição entre as doenças com pedidos de auxílio por incapacidade temporária.

Dicas Anasps 

Se você, servidor, sofre com a doença, acompanhe as dicas da Anasps que podem te ajudar a fugir dos excessos do trabalho. Confira!

– Faça atividades físicas regularmente;

– Durma bem;

– Alimente-se bem;

– Reorganize suas tarefas; 

– Saiba dizer não; 

– Procure um profissional de coaching;

– Tenha um horário para olhar seus e-mails; 

– Faça planejamentos futuros;

– Converse com seu chefe;

– Defina atividades a curto prazo;

– Diminua o uso da tecnologia. 

 

*Informações complementares, G1; Portal Administradores 

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