Órgão do Senado supõe cenário pior que o da equipe econômica, a continuação de rombos nas contas deve continuar até o fim da década

A Instituição Fiscal Independente do Senado (IFI) prevê que o Brasil deve continuar com as contas desiquilibradas até o fim da década.

O órgão pressupõe uma sucessão de rombos até 2030, o que, se confirmado, significaria uma sequência de 17 anos de gastos acima da arrecadação. Neste caso, a dívida bruta do governo continuaria subindo até alcançar o patamar de 103,4% do PIB em 2030.

O cenário previsto pelo IFI é pior que o estimado pela equipe econômica do governo, que prevê a continuação dos rombos até 2026, com retomada de superávits apenas em 2027. A aposta do governo é na aprovação de reformas para acelerar a velocidade do ajuste.

Neste ano, a dívida bruta do governo deve fechar em 92,7% do PIB, considerando mais um ano de rombo nas contas e despesas extras para o combate à covid-19.

A IFI também fez projeções segundo cenários otimista, com menos incertezas e maior impulso à economia. Portanto, no cenário otimista, o superávit volta em 2025. Já no pessimista, os rombos também prevalecem até o fim da década, com um patamar de dívida ainda maior: 135,2% do PIB em 2030.

Segundo a IFI, ainda há muitas incertezas em relação à recuperação da atividade econômica no Brasil.

*Fonte: Terra