Auxílio emergencial elevou em 24% renda pré-pandemia, diz pesquisa

De acordo com o estudo, o auxílio emergencial já foi pago a cerca de 64 milhões de brasileiros, de um total de 104 milhões de solicitações

As pessoas que recebem o auxílio emergencial, pago pelo governo federal durante a pandemia de Covid-19, tiveram seus rendimentos aumentados em 24% em relação ao que recebiam usualmente antes da pandemia. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (30), são do Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

O impacto do auxílio emergencial é maior no caso dos empregados informais, cuja elevação de renda proporcionada pelo auxílio chegou a 50%, passando de uma média de R$ 1.344 (pré-pandemia) para R$ 2.016.

Para aqueles que receberam o auxílio emergencial, o acréscimo de renda mais do que compensou, pelo menos até o momento, as perdas de renda derivadas da crise. Isso não significa que o auxílio emergencial seja excessivo, mas sim que o nível de pobreza e desigualdade do Brasil é muito alto”, destaca o texto do estudo.

O levantamento mostra que alguns profissionais foram mais afetados pela pandemia, como cabeleireiros e manicure, que perderam, sem levar em conta o auxílio emergencial, 42% da renda usual. Vendedor ambulante (-38%), motorista (-36%), vendedor a domicílio (-33%), e artesão, costureiro e sapateiro (-33%), também tiveram quedas acentuadas em seus rendimentos. 

De acordo com o estudo, o auxílio emergencial já foi pago a cerca de 64 milhões de brasileiros, de um total de 104 milhões de solicitações.

O levantamento foi feito com dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Covid-19 realizada em junho de 2020 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

*Com informações R7

Previdência Social