Automação pode suprir aposentadoria de 54 mil servidores

Enap indica uma realidade que está próxima de acontecer

Estudo da Escola Nacional de Administração Pública (Enap) aponta que o impacto da transformação digital no serviço público para os próximos 30 anos, mas o resultado do estudo não aponta para o fim do emprego em determinadas áreas. Sem medidas como automação de profissionais, o déficit de servidores em 2030 pode chegar a 232 mil profissionais. Em 2050, esse número vai ultrapassar 90 mil ocupações.

O uso de novas tecnologias poderá substituir o trabalho de 53,6 mil servidores públicos federais aptos a se aposentar a partir de 2030. O estudo avaliou a propensão de automação das atuais ocupações do governo federal, que totalizam cerca de 520 mil servidores, e juntou esses dados com a expectativa de aposentadorias para os próximos anos.

A tendência de automação é crescente na projeção temporal. No ano de 2040, mais de 68 mil servidores aptos a se aposentar poderão ter suas atividades substituídas por tecnologia, e esse número em 2050 poderá ultrapassar 90 mil ocupações.

A automação pode aumentar a desigualdade de gênero e afetar alguns serviços como assistente administrativo (73.208 servidores), auxiliar de escritório (8.022) e datilógrafo (4.559).

Dados do Painel Estatístico de Pessoal (PEP) aponta que em 2020, 27% dos cargos que estão vagos por aposentadoria são de funções que devem ser extintas e substituídas por serviços automatizados. Dos 13.916 servidores que se aposentam, 3.774 ocupam cargos que podem ser automatizados ou terceirizados.

O coordenador-geral de Ciência de Dados da Enap, Leonardo Monasterio, ressalta que o resultado não aponta para o fim do emprego em determinadas áreas, a pesquisa tem o intuito de mostrar uma realidade próxima, que é a tendência de automação.

*Com informações, Blog do Correio Braziliense

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