Atividade econômica melhora, mas recuperação depende da vacina, aponta IFI

O relatório aponta que é preciso criar condições que garantam a sustentabilidade fiscal do país, o que contribuirá para a recuperação da economia e a gestão da dívida pública

A eficácia do programa de imunização da população brasileira está diretamente associada à recuperação econômica”. A afirmação está no Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de dezembro, da Instituição Fiscal Independente (IFI), divulgado na segunda-feira (14).

Segundo as análises do grupo de especialistas da IFI, apesar de constatada melhora da atividade econômica nos últimos meses e de as projeções preverem recuperação gradual do produto interno bruto (PIB) e da arrecadação do país, o avanço recente do contágio pelo novo coronavírus e o aumento das internações e do número de óbitos — além do tempo incerto para que as vacinas cheguem à população — mantêm elevado o grau de incerteza em relação ao desempenho da economia para o próximo ano.

Somada a isso, a dúvida quanto à evolução da demanda interna após a retirada dos estímulos fiscais, em um quadro de deterioração do mercado de trabalho e aperto das condições financeiras, limita a perspectiva de crescimento ao longo de 2021, diz o relatório.

Recuperação

O texto detalha que, nos próximos anos, dever haver uma recuperação gradual do PIB, com riscos a serem acompanhados sobretudo ao longo de 2021. A tendência também é de recuperação da arrecadação, com déficit primário no ano da pandemia projetado em R$ 779,8 bilhões. Até outubro, o déficit calculado foi de R$ 681 bilhões.

O relatório reforça o alerta para os riscos que envolvem as contas públicas, especialmente nas regras fiscais e na trajetória da dívida pública, com o teto de gastos com risco alto de ser rompido no ano que vem, “conforme a IFI tem alertado há bastante tempo”, reforça o texto.

A instituição prevê, a depender do desenrolar das contaminações e da conjuntura pandêmica, que poderá haver uma série de gastos para os quais não há previsão de orçamento no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (Ploa). A relação dívida pública/PIB, sem um planejamento claro, de curto e médio prazos, seguirá em alta, passando de 75,8%, em 2019, para 93,1%, em 2020, e 96,2% do PIB, em 2021. Ou seja, o país passa a dever praticamente toda a riqueza gerada em um ano.

É fundamental criar as condições que garantam a sustentabilidade fiscal do país, o que contribuirá para a recuperação da economia e a gestão da dívida pública”, diz o texto.

O PIB para 2020, segundo o relatório, deverá ficar negativo, em torno de 4,5% a 5%, mas para 2021, deve se elevar para 2,8%. Até o momento, o PIB registrou variação de -3,4% no acumulado em quatro trimestres. Nesse cenário, a principal influência negativa sobre o PIB veio do setor de serviços (taxa acumulada de -3,5% e contribuição de -2,2 pontos percentuais para a variação do PIB), seguida pela indústria (-3,5% e -0,6 pontos percentuais). A contribuição do setor agropecuário para a variação acumulada do PIB foi praticamente neutra (1,8% e 0,1 pontos percentuais).

Pré-pandemia

A IFI detecta que houve relativa recuperação da economia no terceiro trimestre, mas não o suficiente para levar o PIB de volta ao nível pré-pandemia. A taxa de crescimento do PIB do terceiro trimestre de 2020 acelerou para 7,7% (de -9,6% no trimestre anterior), devolvendo uma parte da queda acumulada no primeiro semestre (-11%, segundo dados revisados do IBGE), provocada pela pandemia.

As atividades de indústria e comércio retornaram ao patamar do início do ano. Pelo lado da oferta, o setor industrial (influenciado, principalmente, pela indústria de transformação) teve protagonismo no desempenho da atividade econômica do terceiro trimestre em relação ao anterior. O crescimento, de 14,8%, mais do que compensou a contração acumulada no primeiro semestre (-13,8%). Já a expansão mais branda do setor de serviços (6,3% após ter diminuído 10,8% no primeiro semestre) foi liderada pelo avanço no segmento de comércio (15,9% x -14,6%) que, como a indústria, retornou ao patamar do início do ano.

O setor de serviços agrega diversos subsetores afetados pela pandemia, com destaque para transporte, armazenagem e correio (12,5% x -20,6%) e outras atividades de serviços (7,8% x -21,1%). A melhora do desempenho da atividade econômica após o choque negativo de março e abril, causado pela pandemia, pode ser explicada pelo efeito da flexibilização das medidas de isolamento social, do impulso gerado pela reabertura das atividades produtivas e do impacto sobre a demanda das políticas de compensação de renda, diz o texto.

O risco para 2021 continua presente, uma vez que a evolução da doença e o ritmo da compra de vacinas e da imunização da população ainda é incerto. Consumos das famílias e do governo e investimentos também cresceram, mas não recuperaram as perdas acumuladas no primeiro semestre”, frisa o relatório.

Pela ótica da demanda, o consumo das famílias, as despesas do governo e a formação bruta de capital fixo registraram, nessa ordem, variações de 7,6%, 3,5% e 11,0% comparativamente ao trimestre imediatamente anterior. A variação acumulada no primeiro semestre para cada uma das rubricas havia sido de: -13,0%, -8,2% e -14,5%. As exportações e as importações, por sua vez, seguiram em queda, recuando 2,1% (contra variação acumulada de -0,3% no primeiro semestre) e 9,6% (contra -12,9%), respectivamente.

Base fraca

No entanto, o relatório detalha que o crescimento de 2021 é explicado pela fraca base de comparação do ano anterior, mas o risco segue presente. Após a divulgação do resultado do PIB do terceiro trimestre, as projeções de mercado obtidas no Boletim Focus do Banco Central, passaram de -4,5% para -4,4% (para o crescimento do PIB). Para 2021, a projeção de mercado encontra-se em 3,5% — crescimento explicado, quase integralmente, pela questão estatística da reduzida base de comparação do ano anterior.

Endividamento

O relatório também diz que o endividamento público manteve a tendência de alta em outubro. O crescimento ocorre em razão das emissões de títulos necessárias para enfrentar a elevação de gastos com a pandemia. De acordo com o Banco Central, a dívida bruta do governo geral (DBGG) atingiu 90,7% do PIB em outubro, acréscimo de 13,6 pontos percentuais sobre o mesmo mês de 2019. Entre setembro e outubro, a elevação foi de 0,2 ponto percentual, evidenciando uma redução no ritmo de alta da DBGG.

A piora no déficit primário do governo central tem ocorrido em razão de uma combinação de fatores: queda nas receitas pelo enfraquecimento da atividade econômica e de renúncias e adiamentos na cobrança de tributos, pelo governo, para melhorar ao caixa das empresas. De outro lado, as despesas cresceram para atenuar os impactos da crise sobre a renda das pessoas e para o tratamento dos infectados pelo vírus. Mas essa deterioração tem sido cada vez menor em razão da melhora registrada na arrecadação a partir de agosto e da menor pressão sobre os gastos, principalmente por causa da redução dos valores pagos no auxílio emergencial.

No Relatório do Tesouro Nacional (RTN), o governo destaca que as despesas contra a covid-19 devem ser circunscritas ao exercício de 2020. Mas a IFI frisa que a materialização de alguns riscos, como uma nova onda de contaminação pelo coronavírus, pode obrigar o governo a rever essa diretriz, o que estenderia os efeitos da pandemia para 2021, pelo menos. Assim como uma interrupção da retomada da atividade econômica com a retirada abrupta dos estímulos concedidos, afetaria a recuperação da arrecadação

O crescimento do número de infecções em novembro e dezembro acende um sinal de alerta, diante das incertezas e da falta de um plano para a imunização de toda a população brasileira em 2021. Assim, uma eventual interrupção da retomada da economia, com manutenção da taxa de desemprego em níveis relativamente elevados, poderia aumentar as pressões para que o governo retomasse o pagamento do auxílio emergencial a pessoas em situação de vulnerabilidade. Isso, por sua vez, aumentaria a despesa em um contexto de pouco espaço para acomodar novas ações dessa natureza no âmbito da regra do teto de gastos da União e na ausência de propostas que endereçassem essa questão”, analisa o RAF.

Despesas da pandemia

Ao analisar a evolução em 12 meses da despesa primária total da União, a IFI conclui que, na ausência dos gastos relacionados à pandemia, a despesa do governo estaria alinhada aos níveis observados em 2018 e 2019.

O cálculo descontou, da despesa primária, o montante de R$ 468,9 bilhões, informado pelo Tesouro Nacional, dos gastos com enfrentamento à pandemia. E também foram desconsideradas despesas da União, em dezembro de 2019, com a capitalização de empresas estatais e a revisão do contrato da cessão onerosa.

Até o início de dezembro, 85% das despesas autorizadas para o combate à pandemia haviam sido pagas. Parte do que não for pago em 2020 poderá ser executada em 2021 por meio de restos a pagar. Por serem derivados de créditos extraordinários abertos em 2020, esses gastos não estariam sujeitos ao teto de gastos de 2021. O uso dos restos a pagar poderá ser relevante, por exemplo, nas despesas da área da Saúde, como as destinadas à vacinação, diz o relatório da IFI.

Orçamento

Na seção de Orçamento, o RAF destaca que o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2021 (que deveria ser votado no primeiro semestre) deverá ser votado esta semana, mas diversas etapas importantes não serão observadas. Já o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) deve ficar para o início de 2021.

Sem a aprovação do Orçamento, no início de 2021 haverá execução provisória do PLOA, disciplinada pela LDO. Nesse período, a maior parte dos gastos pode ser realizada normalmente. As regras limitam especialmente os gastos discricionários, mas, mesmo nesses casos, despesas da Saúde e da Defesa Civil, por exemplo, estão resguardadas

Recente decisão do TCU indica que uma parte dos gastos necessários em saúde e talvez no próprio auxílio emergencial poderá ser viabilizada em 2021 por meio de restos a pagar dos créditos extraordinários editados em 2020”, destaca o relatório.

*Com informações, Agência Senado

Comunicado 1

Combate à pandemia perde R$ 75,91 bilhões em créditos extraordinários

O Poder Executivo cancelou R$ 75,91 bilhões em créditos extraordinários previstos para o combate à pandemia de coronavírus em 2020. A dotação autorizada por medidas provisórias (MPs) foi anulada no final do ano passado porque os ministérios não fizeram o empenho das despesas até o dia 31 de dezembro. O levantamento é da Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle do Senado (Conorf).

Segundo a Constituição, os créditos extraordinários devem ser usados para cobrir “despesas imprevisíveis e urgentes”. É o caso de guerra, comoção interna ou calamidade pública. De acordo com o texto, a dotação é cancelada se não for integralmente empenhada ao longo do ano em que foi autorizada.

O presidente Jair Bolsonaro editou 39 MPs de créditos extraordinários para o enfrentamento da covid-19 entre fevereiro e dezembro de 2020. Juntas, elas liberaram R$ 655,85 bilhões. A parcela cancelada por falta de empenho representa 11,5% do total.

CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS LIBERADOS POR MEDIDAS PROVISÓRIAS EM 2020

Total autorizado [A]

R$ 655,85 bilhões

Valor empenhado [B]

R$ 549,64 bilhões

Diferença [A-B]

R$ 106,21 bilhões

Saldo para reabertura** [C]

R$ 30,30 bilhões

Total cancelado [A-B-C]

R$ 75,91 bilhões

Fonte: Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle do Senado (Conorf)

* Entre janeiro e agosto, foram editadas as MPs 921, 924, 929, 935, 937, 939, 940, 941, 942, 943, 947, 949, 956, 957, 962, 963, 965, 967, 969, 970, 972, 976, 977, 978, 985, 988, 989, 990, 991 e 994. Entre setembro e dezembro, foram editadas as MPs 997, 999, 1.001, 1.002, 1.004, 1.007, 1.008, 1.015 e 1.020.

** Créditos autorizados entre setembro e dezembro e não empenhados em 2020.

Se houvesse sido efetivamente gasto, o montante teria superado o auxílio financeiro pago pela União a estados, Distrito Federal e municípios (R$ 63,15 bilhões). Os R$ 75,91 bilhões anulados teriam sido suficientes ainda para cobrir mais de dois meses do auxílio emergencial pago a trabalhadores informais, autônomos e desempregados. O programa consumiu, em média, R$ 33,6 bilhões por mês entre abril e dezembro.

O consultor-geral-adjunto da Conorf, Flávio Luz, explica, no entanto, que o crédito extraordinário não pode ser confundido com recurso financeiro disponível. O instrumento funciona como uma permissão para que o Poder Executivo efetue despesas imprevisíveis e urgentes. Segundo ele, os créditos cancelados não podem ser considerados “dinheiro perdido”, mas apenas autorizações que o Poder Executivo deixou de utilizar.

O crédito extraordinário prescinde de demonstração de fonte de recursos. O importante para esse tipo de crédito é a destinação dos recursos, ainda que isso implique aumento do endividamento do Tesouro. Tendo em vista a natureza do gasto, ou seja, a pandemia, não é com base nesse cancelamento de créditos que se pode avaliar a atuação estatal. O governo vai dizer que foi eficiente e conseguiu fazer tudo o que precisava gastando menos. A oposição vai dizer que o governo deixou de gastar com a população. Nenhum dos dois lados está totalmente certo”, pondera.

Mais cancelamentos

O orçamento de combate à pandemia pode sofrer um novo cancelamento, estimado em até R$ 8,71 bilhões. Isso elevaria para R$ 84,62 bilhões o volume de dotações anuladas, o equivalente a 12,9% dos R$ 655,85 bilhões liberados por medidas provisórias. A decisão sobre a extinção desse resíduo cabe ao presidente Jair Bolsonaro.

Embora determine a execução dos créditos extraordinários no mesmo exercício em que foram autorizados, a Constituição admite uma exceção: se a dotação for feita nos últimos quatro meses do ano, o presidente da República pode assinar decretos para incorporar ao Orçamento seguinte o valor que não foi empenhado.

Das 39 MPs editadas em 2020 para o combate à pandemia, nove foram publicadas entre setembro e dezembro. Esse pacote autorizou a liberação de R$ 122,89 bilhões, dos quais R$ 92,59 bilhões foram empenhados até dezembro. A diferença de R$ 30,3 bilhões é o saldo disponível para ser incorporado ao Orçamento de 2021.

*Com informações, Agência Senado

Comunicado 2

Senadores entram com representação no Ministério Público para investigar Aras

Os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Fabiano Contarato (Rede-ES) entraram nesta sexta-feira (22) com representação junto ao Conselho Superior do Ministério Público Federal (MPF) para que o procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, responda por infrações administrativas.

Os parlamentares solicitaram a apuração disciplinar contra Augusto Aras no âmbito do Conselho Superior do MPF pela declaração sobre “estado de defesa” e afirmaram que o procurador é omisso em apurar crimes do presidente da República.

No documento, os parlamentares explicam que o PGR deve responder politicamente no Senado e criminalmente no Supremo Tribunal Federal (STF), mas que essas modalidades de responsabilização não excluem uma terceira responsabilização – como membro do MPF, já que todos os ocupantes da carreira devem observar os preceitos da Lei Orgânica do MPU (Lei Complementar 75, de 1993).

Para Alessandro Vieira, a representação é necessária já que, “infelizmente, o Senado tem feito vista grossa às condutas de altas autoridades, enviando uma mensagem de compadrio e leniência que instiga o cometimento de crimes de responsabilidade. Quando o peso da lei não se faz sentir, se encorajam toda sorte de malfeitos”.

Se qualquer procurador pode responder por violar os mandamentos da Lei Orgânica que disciplina a carreira, como sustentar imunidade ao procurador-geral? Ele deveria ser o primeiro a dar o exemplo”, afirma Randolfe Rodrigues.

Já Fabiano Contarato destaca o excesso de poderes nas mãos dos procuradores de Justiça:

O Constituinte concentrou poderes excessivos nas mãos do PGR, ao lhe dar a prerrogativa exclusiva de processar criminalmente o presidente e seus ministros: quem puder contar com um ‘engavetador-geral’ terá certeza de vida fácil, ainda que seus crimes saltem aos olhos”.

*Com informações, Agência Senado

Serrote

Uma banda do Centrão quer que o governo acorde para a realidade. A não concessão de aumento aos servidores está arruinando servidores ativos e inativos, civis e militares. A não realização de concursos está diminuindo a dimensão de instituições nacionais e implodindo os serviços públicos. Querem INSS sem servidores, Correios sem carteiros, bancos sem bancários, Saúde sem servidores. Querem totens e terminais de computadores fazendo as vezes de servidores. Os aumentos enfiados nos vencimentos servidores aposentados e reformados para financiar a previdência e os aumentos dos planos de saúde dos servidores, como GEAP e Cassi, criaram desconforto. A contratação de servidores terceirizados no setor civil, e prestadores de tarefa por tempo certo, no setor militar, começou a preocupar.

Mirante

– Gilmar Mendes concedeu uma liminar em favor de Flávio Bolsonaro e travou o .julgamento dos desembargadores do TJ do Rio decidiriam se o processo envolvendo o filho do presidente da República no caso das rachadinhas na Alerj voltaria para a primeira instância, como defende o Ministério Público, ou continuaria no foro privilegiado .Há uma ação sobre esse assunto tramitando no STF e Gilmar, então, acolheu um pedido da defesa de Flávio para que o TJ do Rio não decida nada enquanto o tema estiver sendo tratado na Suprema Corte.. As investigações permanecem, por enquanto, na segunda instância, mas paradas e censuradas a qualquer notícia da mídia.

– Recado dado: Arthur Lira (Progressistas), o candidato de Jair Bolsonaro ao comando da Câmara, não respondeu se pretende analisar pedidos de impeachment do presidente.

Sempre respeitei as posições do Rodrigo Maia e ele teve cinco anos com 57 pedidos de impeachment na sua gestão. Se ele não abriu nenhum, é porque ele não viu motivos. E essa pauta, mais uma vez eu digo, não é para discussão sobre teses.”

– Os investidores estão pensando duas vezes antes de investir no Brasil.

Mauro Schneider, da MCM Consultores Associados, disse ao Estadão:

Houve uma piora de imagem e de perspectiva. A contribuição do governo Bolsonaro para isso é a exacerbação da polarização política, que só causa danos ao País.”

Para o economista, “vamos precisar de um tempo para voltar a sermos vistos como um país com perspectivas estáveis”.

– O Ministério da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça disse ser contrário aos projetos em tramitação no Congresso que reduzem o poder de governadores sobre a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros.

Tirar autonomia do governador de nomear o chefe da polícia, bem como para a gestão, é impensável. A polícia é estadual. Quem nomeia, indica e é responsável em última instância é o governo do Estado”, disse o ministro da Justiça ao Valor.

– O Atlas Político mostrou que 53,6% dos brasileiros apoiam o impeachment de Jair Bolsonaro.

Entre os evangélicos, porém, o número cai para apenas 35%.

Andrei Roman, CEO do instituto de pesquisas Atlas Político, disse para El País:

Nós acompanhamos de perto esse número e há volatilidade, mas parece haver uma estabilidade desse patamar mais alto de apoio ao impeachment”.

É ali nos evangélicos que o bolsonarismo é mais resiliente, porque se combinam vários fatores, sociais, culturais”.

– A Ordem dos Advogados do Brasil denunciou o governo do capitão na Comissão Interamericana de Direitos Humanos por sabotar o combate à pandemia.

A denúncia permite que o órgão investigue se houve violação aos direitos humanos pelo Estado brasileiro, que, segundo a OAB, “tem agido contra a sua população”.

A entidade acusa diretamente Jair Bolsonaro e Eduardo Pazuello “pelo contorno catastrófico que a pandemia assumiu no Brasil”. Menciona a falta de oxigênio no Amazonas e a recomendação de cloroquina para a população tratar a Covid-19.

Central dos Servidores

– TRANSFERIR, a pedido, a partir de 20 de fevereiro de 2021, para a reserva remunerada, o Brigadeiro do Ar ADRIANO BERALDO ANDRADE, do Comando da Aeronáutica. Brasília.

– TRANSFERIR, VOLUNTARIAMENTE, PARA A INATIVIDADE, a partir de 19 de março de 2021, o Almirante de Esquadra MARCUS VINICIUS OLIVEIRA DOS SANTOS, com proventos integrais.

– DESIGNAR, LETÍCIA GIAROLA SANT’ANNA IBRAHIM substituta eventual do coordenador da Coordenação de Pessoal do Gabinete da Secretaria-Executiva da Secretaria de Governo da Presidência da República.

– DESIGNAR, SENNE RANGEL ALVES SANTANA substituta eventual do chefe de Gabinete da Secretaria Especial de Articulação Social da Secretaria de Governo da Presidência da República.

– NOMEAR, NERIVALDA DE CARVALHO RIBEIRO para exercer o cargo de coordenadora na Coordenação de Gestão Estratégica da Coordenação-Geral de Gestão Estratégica e Governança da Secretaria-Executiva da Secretaria de Governo.

– NOMEAR, LUCAS BORGES DE CARVALHO para exercer o cargo de gerente de Projeto, no Conselho Diretor da Autoridade Nacional de Proteção de Dados da Presidência da República.

-DESIGNAR, KARINE DA SILVA ARAÚJO para o encargo de Consultor Técnico da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Fibras Naturais, em substituição ao Senhor IVO MANOEL NAVES.

– DESIGNAR, MÁRCIO MARCOS DE CARVALHO, para exercer o encargo de substituto do secretário adjunto, da Secretaria de Aquicultura e Pesca.

– A Brasiltour informa: Alteração de afastamento do país autorizado na forma do Decreto nº 1.387, de 07 de fevereiro de 1995: Fica alterado, para 17/12/2020 a 18/01/2021, o afastamento do país de RONAN ARRAES JARDIM CHAGAS, Tecnologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, para participar das atividades da campanha de lançamento do satélite Amazonia 1, em Chennai/Índia, trânsito incluído, com ônus para o INPE.

– EFETIVAR, a requisição do servidor AGNALDO TADEU DIAS, ocupante do cargo de Assistente Institucional I do Ministério do Turismo, para exercer suas atividades no Museu Lasar Segall – Unidade Museológica I, sediada em São Paulo/SP, pertencente ao Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM.

– NOMEAR, o servidor FLÁVIO EUGÊNIO CARDOSO LIMA, assessor, da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação, da Secretaria-Executiva, do Ministério da Cidadania.

– NOMEAR, o servidor PABLO ALESSANDRO DE GUIMARÃES RAMOS, assessor, da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos, do Ministério da Cidadania.

– EXONERAR, o Cel Av LUIZ MARQUES DE LIMA, assessor militar, da Assessoria Especial de Planejamento deste Ministério da Defesa.

– AUTORIZAR, a prorrogação do afastamento para servir em Organismo Internacional do servidor público JAMES ELIAS JÚNIOR, Analista de Comércio Exterior do Ministério da Economia, para continuar exercendo o cargo de Assistente Executivo do Presidente no Novo Banco de Desenvolvimento – NDB, em Xangai – China, pelo período de 6 (seis) meses, a partir de 3 de fevereiro de 2021, com perda total da remuneração.

– DISPENSAR, MARIA DA CONCEIÇÃO CAMPOS DA SILVA, de substituto de coordenador-geral, da Coordenação-Geral de Recursos Logísticos da Subsecretaria de Assuntos Administrativos da Secretaria-Executiva deste Ministério – SE-MEC.

– DESIGNAR, JUSSARA CARDOSO SILVA, para substituto eventual de Coordenador-Geral, da Coordenação-Geral de Recursos Logísticos da Subsecretaria de Assuntos Administrativos da Secretaria-Executiva deste Ministério – SE-MEC.

– DISPENSAR, CAMILLA ARAÚJO SOARES DA SILVA, da Função Comissionada do Poder Executivo de Coordenadora-Geral Jurídica de Portos e Transportes Aquaviários, Consultoria Jurídica deste Ministério de Infraestrutura.

– DESIGNAR, MARCELA MUNIZ CAMPOS, servidora do quadro de pessoal da Advocacia-Geral da União, para Coordenadora-Geral Jurídica de Portos e Transportes Aquaviários, da Consultoria Jurídica do Ministério da Infraestrutura.

– DESIGNAR, THOMAS AUGUSTO FERREIRA DE ALMEIDA, servidor do quadro de pessoal da Advocacia-Geral da União, para Coordenador-Geral Jurídico de Assuntos Administrativos, da Consultoria Jurídica do Ministério.

Mudanças no Itamaraty:

– COMISSIONAR, DANIELA OLIVEIRA GUERRA, primeira-secretária da Carreira de Diplomata, na função de Conselheira na Embaixada do Brasil em Yangon.

– COMISSIONAR, RAFAELA PINTO GUIMARÃES VENTURA, Primeira-Secretária da Carreira de Diplomata, na função de Conselheira na Embaixada do Brasil em Lusaca.

– DESIGNAR, ANDRÉ DUNHAM MACIEL SIAINES DE CASTRO, conselheiro da Carreira de Diplomata para exercer a função de confiança de Chefe da Divisão de Meio Ambiente II.

– COMISSIONAR, ELÓI RITTER FILHO, conselheiro da Carreira de Diplomata, na função de Ministro-Conselheiro na Embaixada do Brasil em Rabat.

Previdência Social