ANASPS REVELA QUE ENTRE 1999, ANO DO FATOR PREVIDENCIARIO E 2015, A SONEGAÇÃO NA PREVIDENCIA CHEGOU AOS R$ 800 BILHÕES

O vice-presidente Executivo da Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social-ANASPS, Paulo César Regis de Souza, disse hoje que entre 1999, quando foi criado o fator previdenciário supostamente para reduzir o déficit da Previdência Social, a 2015, ultimo ano do Ministério da Previdência, a sonegação contributiva na previdência, historicamente estimada em 30% da receita líquida, beirou os R$ 800 milhões.  Este dinheiro daria para resolver problemas da Previdência e zerar seus passivos com os beneficiários”

Desde 2007, quando o Ministério da Fazenda acabou com a Receita Previdenciária incorporando a Receita Federal “não se ouviu falar em qualquer ação da Receita de combate à sonegação. Alias, não se ouviu falar que tenha havido fiscalização nas empresas, que se tenha combatido a evasão contributiva e o combate as brechas legais. Nada se soube sobre cobrança administrativa. Também não se teve noticia de um só curso para os auditores fiscais, especializados em Previdência, para o combate à sonegação que é endêmica em diversos setores do país”.

Paulo César afirmou que só tem noticias de ações da Receita para beneficiar “caloteiros” e fraudadores da Previdência Social, públicos e privados. A generosidade em benesses da Receita permitiu neste período a forte expansão das renuncias contributivas e , principalmente, a implantação das desonerações contributiva, sem bem  o maior prejuízo para a Previdência se deu com o patrocínio do Ministério da Fazenda aos Refis, que não cessam desde 2002, dando descontos , parcelamentos e reparcelamentos  generosos de até 30 anos para os caloteiros , bem como o patrocínio do Micro Empreendedor Individual, que reduziu a contribuição patronal da Previdência para 5% e se transformou em novo “funrural”.

O vice-presidente da ANASPS disse que “fala-se tanto na necessidade e urgência da reforma da previdência para evitar que a Previdência não quebre, mas nada se fala sobre o rombo causado pela sonegação que se extirpada.  asseguraria a solvência do Regime Geral de Previdência Social-  RGPS. Deixaram de entrar mais de R$ 800 bilhões. E olhem que não estou mencionando o descalabro na cobrança da divida administrativa e na divida ativa, com rombos significativos. “Vejam que o governo silencia sobre a bandalheira no lado a Receita Previdenciária, acentuada a partir de 2007, quando acabaram com a Receita Previdenciária. O que é temerário”.

Arrecadação e Sonegação estimada na Previdência Social Pública 1999/2015
Ano Arrecadação Liquida % PIB sonegação
1999 49.129 4,86 14.738
2000 55.715 5,11 16.714
2001 62.491 5,27 18.747
2002 71.027 5,37 21.308
2003 80.730 5,19 24.219
2004 93.765 5,31 28.129
2005 108.434 5,58 32.530
2006 123.520 5,32 37.056
2007 140.411 5,41 42.123
2008 163.355 5,65 49.006
2009 182.008 5,8 54.602
2010 212.401 5,63 63.720
2011 245.891 5,94 73.920
2012 275.764 6,26 83.729
2013 307.146 6,34 92.143
2014 337.503 6,11 101.250
2015 350.272 5,93 105.081
Total 2.621.200 787.508
Fonte: Fluxo de caixa do INSS, elaboração DataANASPS, preços correntes
(1) estimativa de 30%

 

Brasília, 05.10.2016

Mais Informações: ligar para Byanca Guariz

61-3321-56 51 E-mail: imprensa.byanca@anasps.org.br

 

 

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