Anasps participa de segundo dia de discussões sobre a reforma da Previdência

A assessoria parlamentar da Anasps acompanhou, nesta quarta-feira (21), o segundo dia de audiência para debater a reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal. A audiência foi presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS).

 

Para o ex-ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rosseto, tratar da reforma da previdência significa falar da vida de milhões de brasileiros que buscam sobreviver diante dessa crise econômica. “Esse debate se dá a partir da Previdência Social, mas significa falar de que país nós queremos construir. O Brasil é um país brutamente desigual, tendo ausência de tributação sob a minoria milionária, afirmou.

 

Segundo Rosseto, o governo precisa concentrar atenção no que acontece com a arrecadação, uma vez que o direito de uma aposentadoria de qualidade é sustentado pelo conjunto da sociedade. “As consequências da queda da atividade econômica têm provocado um processo perverso na queda da renda e contribuição previdenciária. O Senado Federal precisa adequar esse projeto aquilo que é mais justo”, concluiu.

 

O presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, Décio Lopes, o que se enxerga com essa PEC é o empurrão da previdência para a assistência social. Estamos caminhando para o estado de miserabilidade, sendo cada um por si e Deus por todos” disse.

 

Segundo o senador Humberto Costa (PT/PE), a reforma da Previdência gera injustiças para os trabalhadores. Citou o exemplo de pessoas com direito à aposentadoria especial, como os operadores de máquinas de raio-x, por exemplo, que passarão a obedecer ao critério da idade mínima. “Significa que, mesmo contra as orientações de que aquilo vai provocar uma leucemia, um câncer, vão ter que trabalhar mais tempo. Isso é de uma injustiça e de uma burrice, porque mais cedo ou mais tarde, vai representar um custo para o Sistema Único de Saúde, a fim de tratar a doença que adquiriram naquela condição”, protestou.

 

Colaborou Denise Cavalcante

 

Previdência Social