Com dados do DatANASPS (centro de dados de Previdência Social da Associação Nacional dos Servidores Públicos da Previdência e da Seguridade Social-Anasps) o vice-presidente executivo da entidade, Paulo César Régis de Souza,  revelou que em 2017 o INSS recebeu 9 milhões 388 mil e 515 pedidos de benefícios de aposentadoria, recorde nos últimos 11 anos, sendo o fato atribuído à desastrada reforma da Previdência Social proposta pelo Presidente Temer e que levou os segurados, no desespero,  a procurar as unidades de atendimento.

Em 2016, tinham sido requeridos 8 milhões 660 mil e 134 benefícios.

Do total, de 9,3 milhões benefícios requeridos, 4 milhões 995 mil e 623 benefícios foram concedidos (média de 416,3 mil mensais) e outro 3.950.436 foram indeferidos (média de 329,2 mil mensais).

“O que se percebe, claramente, que logo após do fatídico o anuncio da ‘reforma franksthein’, a sociedade brasileira invadiu as unidades do INSS, disse Paulo César. Vejam que em apenas dois anos 18,0 milhões de brasileiros pediram aposentadorias, pensões e auxílios à Previdência Social. Cerca de 10,1 milhões conseguiram benefícios e 8 milhões tiveram seus pedidos indeferidos. Nunca tão poucos servidores do INSS trabalharam tanto. E vejam que as pressões maiores não foram pelos benefícios por incapacidade, mas por benefícios previdenciários.

“A realidade é que a reforma “franksthein”, elaborada pelo mercado e por seus” servidores” no governo, estabeleceu o caos no INSS que vem sendo implodido pelo Governo Temer, primeiro quando atrelou-o ao Ministério de Combate a Fome e segundo quando o entregou a um Ministro visceralmente incapaz e inepto. Além disso, a gestão do INSS foi repassada a pessoas sem vínculos com a instituição que se limitou a mudar os servidores de carreiras de suas posições, por pressão política para apoiar a reforma. Os cargos comissionados do INSS foram todos ocupados por pessoas sem compromisso com a instituição. O resultado foi o caos, sem falar que mais de 3.200 servidores pediram aposentadoria e não foram substituídos”, disse Paulo César.

O vice-presidente da Anasps afirmou ainda que os servidores foram submetidos a todos os tipos de pressões, mas mantiveram o atendimento sem maiores transtornos, apesar da violenta sobrecarga de trabalho. A sociedade brasileira não sabe, mas os servidores tiveram ainda que tirar da folha de pagamento outros 10 milhões de benefícios que cessaram, nos últimos dois anos. “Os perversos efeitos da “reforma franksthein” virão logo à tona, pois é notória a preocupação dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento em manipular os R$ 3,0 trilhões de recursos da Previdência (incluindo RGPS, fundos e planos para produzir o chamado equilíbrio fiscal) ”, disse.

Brasília,20.02.2018

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