Anasps denuncia sede de poder da Fazenda que quer se apropriar de todos os recursos da Previdência

ANASPS DENUNCIA SEDE DE PODER DA FAZENDA QUE QUER SE APROPRIAR DE TODOS OS RECURSOS DE  R$ 2,4 TRILHÕES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

O Vice-presidente executivo da Associação Nacional dos Servidores da Previdencia e da Seguridade Social-ANASPS, Paulo César Regis de Souza, disse hoje que “a sede de poder do Ministro da Fazenda é desmedida e maior do que ele e que ao anexar a Previdência ao Ministério da Fazenda tem o claro objetivo de se apropriar de 2 trilhões e 400 bilhões de reais de patrimônio da Previdência, do trabalhador brasileiro, para fazer o jogo da política fiscal”.

“Concordo com o senador Paulo Paim quando afirma que a Previdencia não pode ser um “puxadinho” da Fazenda, acrescentou.

“A sociedade brasileira não sabe o que está em jogo, pois a Fazenda não revela “a banda suja” de suas intenções: a política fiscal está desorganizada e desestruturada, mais parecendo um “queijo suíço”, com rombos por todos os lados, por força da crise mundial, inflação, desemprego, queda no PIB e na classificação de risco, havendo dificuldade para cobrar a dívida ativa e monetizar a arrecadação declaratória – coisa que a Receita Federal ainda não aprendeu a fazer – restou apoderar-se de todas as receitas contributivas de fonte, no que se apoia a Receita Federal. Além disso, a Fazenda quer incluir todas as receitas previdenciárias na Desvinculação das Receitas da União-DRU”;

O Ministério da Fazenda se apropriou de todo o dinheiro da Previdencia, como se verifica:

Receita Liquida da Previdência  367, 4 bilhões.

COFINS 266,4 bilhões

CSLL 183,5 bilhões

Ativos dos fundos de pensão 700,0 bilhões

Ativos dos planos de previdência 450,0 bilhões

Dívida ativa da Previdência 300, 0 bilhões.

Ativos dos regimes próprios  (*) 200,0 bilhões

Total 2,4 trilhões

(*) estimado

Para fraudar seus propósitos, a Fazenda colocou “o bode na sala” e argumentou, de forma orquestrada,  com a necessidade de uma reforma previdenciária na área de benefícios, com base na implantação  de uma idade mínima e na ameaça de explosão da bolha demográfica. “Qualquer leigo em previdência, sabe hoje que a reforma deve ser feita no financiamento e não em benefícios. O impacto da reforma no financiamento se dará de imdiato , e a de benefiícios daqui a 20/30 anos.

Paulo Cesar enfatizou que há tempos a Fazenda vinha se apropriando da Previdência pois foi lá que nasceu o fator previdenciário para reduzir o déficit da Previdencia e que não reduziu nada. A Fazenda tomou conta das políticas da Previdencia e se apropriou da Receita Previdenciária, incorporada a Receita Federal, e da divida ativa.  de R$ 300 bilhões, anexada a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Resultado prático, o déficit não caiu, a Receita não combateu a sonegação, evasão e elisão, não fiscalizou os devedores, favoreceu os caloteiros com os REFIS, já foram mais de 10, e a PGFN não recuperou crédito.

“A Fazenda praticou ainda um verdadeiro saque contra a Previdencia, sem consulta-la, de mais de R$ 100 bilhões, ao impor a desoneração contributiva, substituindo a contribuição sobre a folha pela aliquota sobre o faturamento. A Fazenda relutou ainda em estabelecer a “verdade contábil” da Previdencia transferindo os rurais, não contribuintes, para a LOAS, porque sabe que o déficit sumirá no conceito fluxo de caixa, como já sumiu no conceito Seguridade Social. A ANASPS, acentuou, condena a farsa e o engodo e pede ao Presidente Temer a recriação do Ministério da Previdencia Social”, concluiu.

Mais Informações: ligar para Byanca Guariz
(61) 3321 – 56 51
E-mail: imprensabyanca@anasps.org.br

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