Anasps acompanha debate sobre reforma em audiência pública na Câmara

A reforma da Previdência foi tema de debate, nesta terça-feira (11), em audiência pública conjunta das comissões CIDOSO, CDHM e CINDRA da Câmara dos Deputados. Foram convidados para participar da discussão: a presidente da Rede das Parteiras Tradicionais do estado do Amapá, Maria Luiza Dias; Florivaldo Rocha, presidente da Colônia dos Pescadores do Bailique; Estefânea Cabral, representante dos Quilombolas; Joaquim Belo, presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas e, como representante do governo, Leonardo Rolim, secretário da Previdência do Ministério da Economia.

Para Maria Luiza Dias, caso a proposta enviado ao Congresso Nacional seja aprovada, provavelmente muita gente irá passar fome, levando em consideração que as parteiras sobrevivem com o valor recebido do Benefício de Prestação Continuada. Na visão de Estefânea Cabral, a mulher será a mais prejudicada uma vez que começa a trabalhar na agricultura ainda muito jovem, tendo tripla jornada de trabalho.

Para o presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas, Joaquim Belo, o Brasil é um país imenso e rico, mas com tamanha desigualdade social. Belo destacou que a reforma vai impactar até quem ainda não nasceu.

O representante do governo, Leonardo Rolim, defendeu a aprovação da reforma previdenciária. Rolim destaca que a população está envelhecendo rapidamente e que seria irresponsabilidade não fazer nada para acompanhar esse processo. As despesas com a previdência vêm crescendo 5,2% ao ano e tende a acelerar ainda mais.

“Precisamos ter um crescimento na receita para conseguirmos manter a Previdência de forma sustentável e é exatamente isso que a reforma da previdência propõe, afirmou Rolim.

O secretário destacou que as condições de vida no campo melhoraram nos últimos 20 anos, a diferença com a população urbana é de apenas dois anos, com isso, a duração dos benefícios rurais aumentaram.

“ Não é que a reforma seja a solução para os problemas do país, mas com certeza irá proporcionar que novos investimentos, com por exemplo com a educação, seja realizado” concluiu.

 

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