*Colaborou Denise Cavalcante

A Anasps acompanhou nesta quarta-feira (14), audiência pública para debater sobre a “Previdência e Trabalho”, com foco na Defesa da Previdência Social. O encontro foi realizado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal. 

Para tanto, foram convidados Vilson Romero – diretor da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil – ANFIP; Paulo Lino – presidente do Sindicato Nacional dos funcionários do Banco Central – SINAL; Celso Malhani – representante da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital – FENAFISCO e Edson Guilherme Haubert – presidente do Movimento Nacional dos servidores públicos aposentados e pensionistas – MOSAP.

A senadora Zenaide Maia (PROS/RN), declarou que, jogar à deriva os mais pobres, não pode ser considerada urgência. “Não sei como a Casa do povo pôde tirar direitos dos trabalhadores”, disse. “O Senado Federal é uma Casa revisora, precisa analisar item por item do texto enviado pela Câmara dos Deputados”, concluiu.

De acordo com Paulo Lino, presidente do SINAL, não se pode falar da reforma da Previdência isoladamente. “Temos exemplos como a reforma trabalhista que tirou emprego de milhares de brasileiros. Depois veio a terceirização que prejudicou fortemente a classe trabalhadora. Ainda teve a tentativa da reforma previdenciária pelo ex-presidente Michel Temer, a reforma do atual governo é uma sequência de todas essas. O Senado Federal precisa melhorar o texto e não esperar uma PEC paralela”, acrescenta. 

Por sua vez, Edson Haubert, presidente do Mosap, pontuou que o servidor público não é um privilegiado, como diz os defensores da reforma da previdência apresentada pelo executivo. O servidor público ativo, aposentado ou os pensionistas não são os vilões nessa história. Cumprem ou já cumpriram seu papel perante a sociedade, na forma das leis estabelecidas.