4,3 milhões de estudantes entraram na pandemia sem acesso à internet, diz IBGE

Ao fim de 2019, 4,3 milhões de estudantes brasileiros não tinham acesso à internet, seja por falta de dinheiro para contratar o serviço ou comprar um aparelho seja por indisponibilidade do serviço nas regiões onde viviam.

Destes, 4,1 milhões estudavam na rede pública de ensino, informou na quarta (10) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A estatística reforça os efeitos da desigualdade na educação com escolas fechadas durante a pandemia.

Pesquisa divulgada em março apontou que o acesso à internet e problemas de infraestrutura das escolas são os maiores entraves para o retorno às aulas neste ano: 49% das secretarias municipais de Educação indicaram altos graus de dificuldade com relação a acesso à internet.

Os entraves de acesso à internet e a computadores são vistos como alguns dos motivos para a falta de participação de alunos nas atividades em 2020. Na rede pública estadual de São Paulo, por exemplo, cerca de 91 mil alunos não acompanharam as aulas remotas nem entregaram nenhuma atividade letiva no ano.

Segundo o IBGE, as principais razões para a falta de internet são o preço do serviço (citado em 21,4% dos domicílios da zona rural), a falta de conhecimento sobre como usar o serviço (21,4%) e a indisponibilidade do serviço (19,2%).

O custo para ter internet também é o problema principal para estudantes, seguido pelo custo para adquirir um equipamento eletrônico para utilizar o serviço. No país, a renda per capita média dos domicílios com acesso à internet (R$ 1.527) era o dobro daquela verificada nas residências sem o serviço (R$ 728).

*Fonte: Folha de São Paulo

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