Governo usou de má fé com os Servidores do “Carreirão”

ANASPS URGENTE 74

ANASPS AFIRMA QUE GOVERNO USOU DE MÁ FÉ NA NEGOCIAÇÃO COM 1,1 MILHÃO DE  SERVIDORES DO “CARREIRÃO” INCLUSIVE E QUE FOI GENEROSO COM OS SERVIDORES DA CARREIRA TÍPICA DE ESTADO E COM MILITARES

O governo usou de má fé nas negociações de aumento com os servidores do chamado “carreirão”, que compreende 1,1 milhão de servidores,90% do total,  inclusive do INSS, pois apresentou uma proposta de aumento salarial para os próximos quatro anos de 21,3% enquanto no apagar das luzes de 2015 fechou acordo com categorias das chamadas carreiras de estado com  27,9% para os próximos quatro anos. A declaração é do vice presidente Executivo da Associaçao Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social, ANASPS.

Em 25.02.1015,  abrimos a campanha salarial do INSS para 2016, com 32 entidades do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos, sob o guarda chuva da CNTSS, , antes mesmo da greve,  nossa proposta  era de um reajuste linear  de 27,3%,  tendo como ponto de partida o  (Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-IPCA) de agosto de 2010 a junho de 2016 que gira em torno de 44% , já descontados os 15,8% concedidos pelo governo em três parcelas (2013,2014 e 2015).

 Os servidores levaram em conta que entre 2010 e 2012 o governo não concedeu  reajustes.

Somente em agosto de 2012 foi conquistado o reajuste de 15,8% considerados e descontados no cálculo.  Foram incluídos percentuais levantados pelo Departamento  Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos- DIEESE que consideraram a previsão de inflação para este ano (1915) de  (6,6%) – na realidade, deu mais, 10,67%%  (IBGE) – e para o primeiro semestre de 2016 (2,8%)  – vai dar muito mais – acrescidos de um pedido de ganho real de 2015.

Em 20.03.2015, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, explicou a 41 entidades e oito centrais a estratégia do governo . O percentual de reajuste estaria condicionado ao espaço fiscal e o gasto com a folha de pagamentos do funcionalismo deveria permanece estável em proporção ao PIB.

Em 25.06.2016, o secretário de Gestão de Pessoas e de  Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Sergio Mendonça, propôs o índice de 21,3% dividido em parcelas de 5,5% em 2016 e 5,% em 2017, com o argumento que o gasto da folha de pessoal permaneceria estável em 4,1% do PIB até 2019,

Em 07.07.2016, o secretário Sergio Mendonça,  manteve a proposta do dia 25.06. No seu discurso assinalou (sic) que  a proposta “permitirá ganho real dos salários do funcionalismo e será uma referência importante nos próximos anos para as demais negociações do mercado de trabalho público e privado” (sic, de novo)

Os servidores  se manifestaram em contrário a  proposta apresentada.

Em 12.08.2015, o governo anunciou acordo com os servidores do Judiciário,  com aumento de 23,2% em oito parcelas semestrais, em quatro anos. O aumento individual oscilará entre 16,5% e 41,47%. O custo será de R$ 5,99 bilhões.

Em 04.09.2015, o Secretário Sérgio Mendonça  “negociou com parte as entidades dos servidores públicos a redução de quatro para dois anos do prazo de vigência do acordo salarial de 10,8, nos seguintes percentuais: 5,5% em 2016 e 5% em 2017.

Em 15.09.2015, “no rastro de ódio aos servidores, e no meio da crise fiscal que abalou o país, o governo federal  decidiu que o aumento de  10,08% não seria mais pago a partir de janeiro de 2016 mas só em agosto.

Como ficará o passivo de jan a jun de 2016, não se tem ainda uma idéia.

De qualquer forma é um passivo.

Na mesma data , o governo decidiu acabar com o Abono de Permanência em Serviço  , admitindo que 101 mil servidores estão recebendo e havia expectativa de outros  123 mil  entrar nos próximos cinco anos.

Só no INSS são 10 mil. Passariam a 15 mil em inco anos.

Em 29.09.2015, foi assinado o acordo com os servidores do INSS para aumento  Em 07.10.2016, o governo assinou acordos salariais com 750 mil servidores, 61% do universo de 1.227 milhão de fuincionários do Executivo  entre ativos, aposentados e instituidores de pensão. “Além do índice de 10,8% em dois anos, funcionários tiveram importantes conquistas econômicas par o futuro” (sic) disse Sérgio Mendonça.

Os acordos foram firmados com vigência de dois anos, e não pelos quatro anos da proposta original, que continua colocada como possibilidade para todas as categorias que ainda não assinaram.

Assim, em vez do índice de 21,3% dividido em quatro parcelas anuais – com base na projeção da inflação futura –, os servidores representados pelas entidades que firmaram compromisso terão 5,5% em agosto de 2016 e 5% em janeiro de 2017.

Como a segunda parcela incidirá sobre o salário já corrigido, o reajuste acumulado nas tabelas de remuneração será de 10,8%.

Em 07.10.2015. o governo anunciou assinatura de acordo com 750 mil servidores do carreirão, 61% do universo de 1,22 mlihão, com 10,08%.

Em 18.12.2015, O Secretário  Sérgio Mendonça , apresentou proposta diferenciada às carreiras de Estado, que tem remuneração recebida por subsídios.  Além do reajuste dos  benefícios e outras vantagens pontuais contempla a incorporação do índice de 27,8% em quatro anos: 5,5% em 2016, 6,99% em 2017, 6,65% em 2018 e 6,31% em 2018. Carreiras contempladas: Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (CGU , STN, SUSEP,CVM , do Ciclo de Gestão (?) e BACEN, IBGE, PREVIC e carreira administrativa da Polícia Federal).).

Ficaram de fora Policia Federal, Polícia Rodoviária Federal, DNIT, Médicos Peritos do INSS, Analistas de Infraestrutura, Analistas de Políticas Sociais, Peritos Federais Agrários e Diplomatas.

Em 30.12.2015. o governo anuncia acordo com 1,1 milhao de servidores, 90% dos 1,227  milhão de servidores civis.

“Os números são bem diferentes e não se justifica que haja dois tipos de negociação, uma para servidores de primeira classe e outra para servidores de segunda classe, protestou o ,  Nos do INSS não aceitamos os 21,3% porque nos colocaria  numa situação difícil. Chegamos a aceitar uma proposta do Ministério do Planejamento de instituição de um gatilho, caso a inflação fosse superior ao índice de aumento, mas o Ministério recolheu sua proposta,”, disse Paulo Cesar

Paulo César revelou que a  ANASPS não está satisfeita com o rumo da negociação. “Acredito que muitas lideranças comeram gato por lebre, Vamos aguardar os reajustes das carreiras remanescentes, que estão fora de todos os acordos, para verificar o que faremos”.

‘Sabemos que a situação é econômica e financeira do país é delicada, mas não tão delicada que não impediu o crescimento desmedido das verbas do fundo partidário  que passaram de R$ 313,3 milhões na proposta orçamentária para R$ 819,1 milhões,  três vezes  mais, além do que o prometido enxugamento da máquina ficou no papel. Não se mexeu na redução das funções gratificadas e dos cargos em comissão , não se reduziram os terceirizados e os temporários ao invés de se zerar foram aumentados. Só no Ministério da Saude, entraram mais  2.493 temporários só no Rio de Janeiro.  Faltam seriedade e respeito”

“O governo tem o dever de lealdade com os seus servidores”, enfatizou.

Previdência Social