13 MILHÕES DE BRASILEIROS ESTÃO COM PREVIDÊNCIA PRIVADA. ANASPS MOSTRA O AVANÇO DEPOIS DO ANUNCIO DA REFORMA, BENEFICIANDO BANCOS E SEGURADORAS

O vice-presidente Executivo da Associação Nacional dos Servidores Públicos da Previdência e da Seguridade Social – Anasps, Paulo César Regis de Souza, disse hoje que os planos de previdência complementar aberta estão crescendo, em grande velocidade, diante de um horizonte de incertezas e frustrações que atingiu a Previdência Social pública. O fato se reveste de importância pelo fato de que os ativos dos planos, R$ 713,3 bilhões, cem por centro utilizados como instrumentos de política fiscal, já se equivalem aos ativos dos fundos de previdência complementar fechada.

Dados da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), revelam que 13.204.283 milhões de pessoas estão com planos de previdência privados, sendo 10.048.140 milhões com planos individuais (incluindo planos para menores) e 3.156.143 com planos coletivos. Ao final de 2016, o total de indivíduos era de 12.506.055 de pessoas – 9.437.802 em planos individuais, incluindo menores, e 3.068.253 em planos coletivos.

No primeiro semestre de 2017 as contribuições aos planos de previdência privada de 67 bancos e seguradoras somaram R$ 54,46 bilhões, 4,81% superior ao montante acumulado nos primeiros seis meses de 2016, quando alcançaram R$ 51,96 bilhões. Os dados são da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), entidade que representa 67 seguradoras e entidades abertas de previdência complementar no país.

A captação líquida no 1º semestre de 2017 apresentou saldo positivo de R$ 24,33 bilhões, 4,94% inferior aos R$ 25,59 bilhões em 2016. Já os resgates totalizaram R$ 30,13 bilhões, 14,28% maior que o contabilizado em 2016, R$ 26,37 bilhões.

Paulo César Regis de Souza assinalou que a reforma da Previdência, mal construída e mal apesentada ao país, vem contribuindo para a forte expansão dos panos privados de previdência, roubando o encanto que o Regime Geral de Previdência Social-RGPS e o INSS apresentavam aos 65 milhões de segurados contribuintes e os 31 milhões de beneficiários. “Além do que, o governo vem travando o INSS de todas as maneiras, em termos de recursos humanos e operacionais, fechando agências e aposentando servidores, ensaiando uma privatização da Previdência Social pública”, disse,

“O governo além de espalhar o pânico, a incerteza e terror em relação ao futuro da previdência jogou a Previdência Pública no fogo, quando todo mundo sabe que a grande crise da Previdência está nos Regimes Próprios, da União dos Estados e dos Munícipios, que não tem solução de curto e médio prazo – especialmente por causa dos militares, e no clamoroso descasamento entre a contribuição dos empresários rurais e do agronegócio e a despesa com pagamento de benefícios rurais. Para Paulo Cesar, a contribuição dos empresários e do agronegócio representa menos de 5% da despesa, e amplia de forma desmedida o déficit da previdência. Tanto e verdade, que em janeiro, a Previdência começará o ano com um déficit de R$ 150 bilhões só com os rurais”.

 

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