O presidente Michel Temer afirmou em evento na capital paulista que a Proposta dos gastos públicos (que já tramita no Congresso) não é suficiente para gerar a credibilidade nem reduzir a recessão. As informações foram divulgadas pela Agência Brasil. Durante o evento, o presidente voltou a reforçar que “é preciso caminhar mais” e, sendo assim, garantiu que a reforma da Previdência será enviada ao Congresso Nacional na semana que vem.

“Devo registrar que a Proposta de Emenda Constitucional do teto não é suficiente para gerar a credibilidade integral e, no particular, capaz de reduzir ou impedir a recessão. É preciso que caminhemos mais. E o caminhar mais significa que faremos na próxima semana, quando remeteremos ao Congresso Nacional, uma Proposta de Emenda à Constituição que visa a readequar a Previdência Social no nosso país”, disse. Segundo ele, o déficit da Previdência Social é de quase R$ 100 bi neste ano e a projeção é de que seja de R$ 140 bi para o ano que vem.

Temer afirmou ainda que ao longo dos últimos meses a confiança na economia começou a crescer no agronegócio, na indústria e também no comércio. No entanto, reconheceu que a crise política prejudicou essa credibilidade. “Reconheço, não posso ignorar, o fato de que neste último mês, de novembro, a confiança caiu um pouco, em face de vários incidentes de natureza política. Estes dados nós temos que enfrentar, temos que colocar as coisas sobre a mesa”, disse.

A reforma da Previdência é considerada espinhosa pela sociedade por envolver os direitos dos trabalhadores. Entre as novas mudanças que estão sendo estudadas pela equipe do governo Temer estão: estabelecimento de uma idade mínima para a aposentadoria (65 anos para homens e mulheres); aumento da contribuição mínima individual (que deve passar de 15 para 25 anos); revisão das regras para a pensão por morte; acumulo de benefícios, contribuição mínima individual para o trabalhador rural, entre outros.